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ARTIGOS

23/02/2025

Diabetes afeta cérebro

Cientistas da Universidade de Michigan publicaram o artigo "Association between brain health outcomes and metabolic risk factors in persons with diabetes" (Associação entre os resultados de saúde do cérebro e fatores de risco metabólicos em pessoas com diabetes) no Annals of Clinical and Translational Neurology (Anais de Neurologia Clínica e Translacional), estudo que descobriu que quanto mais tempo uma pessoa tem diabetes tipo 2, maior a probabilidade de experimentar mudanças no cérebro.
Os pesquisadores analisaram dados de 51 pessoas de meia-idade da comunidade indígena Pima dos Estados Unidos com diabetes tipo 2. Fizeram uma série de testes de memória e linguagem desenvolvidos pelos Institutos Nacionais de Saúde, bem como ressonância magnética, para determinar a relação entre diabetes, cognição e estrutura cerebral.
A demência é uma epidemia global com 57 milhões de casos estimados em todo o mundo em 2019, um número que deverá aumentar para 152 milhões até 2050. Esse aumento pode ser parcialmente atribuído ao aumento da prevalência mundial de diabetes tipo 2 e obesidade, pois os estudos sugerem que diabetes e obesidade estão associadas ao comprometimento cognitivo e demência. Além disso, outro estudo recente, "Neuropsychological Outcomes in Individuals With Type 1 and Type 2 Diabetes", encontrou complicações do diabetes associadas a distúrbios cognitivos.
Os índios Pima-americanos têm uma maior prevalência de diabetes tipo 2 com início precoce do que na população em geral. Esses índios também têm maior prevalência de neuropatia, obesidade e hipercolesterolemia, bem como uma maior incidência de doença renal crônica. Apesar do início precoce da diabetes tipo 2 e presença de fatores de risco metabólicos e complicações do diabetes, não se verificou nenhum efeito sobre a cognição da população indígena.
As imagens dos cérebros feitas sugerem que os participantes do estudo com diabetes tipo 2 a mais tempo mostraram diminuição da espessura cortical média e dos volumes de massa cinzenta e um maior volume de hiperintensidades da substância branca (associadas ao envelhecimento e a várias doenças, incluindo transtornos cerebrovasculares e demência).
Os pesquisadores também descobriram que as complicações do diabetes, como doença renal crônica e danos nos nervos do coração e dos vasos sanguíneos estão relacionadas a mudanças estruturais no cérebro. Isso está de acordo com outro dos estudos da equipe, que descobriu que as complicações diabéticas aumentam as chances de desenvolver um distúrbio cognitivo em 2,45 vezes em pessoas de 40 a 60 anos de idade.
Os pesquisadores ficaram surpresos que a neuropatia, pela qual até 50% das pessoas com diabetes podem ser afetadas, não foi associada à função cognitiva no estudo. Este estudo foi fundamental para a compreensão de como o diabetes afeta a saúde do cérebro e estabelece as bases para um estudo maior abordando como as pessoas com diabetes podem manter um cérebro saudável. E enfatiza a importância da prevenção do diabetes tipo 2. Um alerta às autoridades públicas.

(*) Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

Mario Saturno (*)



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