Vila Formosa: Homicídio é reconstituído pela Polícia Civil

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis realizou na última semana os trabalhos de reconstituição do homicídio contra o autônomo Sérgio Aparecido Rodrigues, morto a tiros no dia 05 de janeiro deste ano, aos 43 anos, na Vila Formosa. Entre os envolvidos no crime, um vidraceiro de 32 anos foi preso. Ele era foragido da penitenciária de Valparaíso (SP), onde cumpria pena de 29 anos. O outro acusado é considerado foragido da Justiça. De acordo com o delegado responsável, Heweraldo Weber Gonçalves, a reconstituição iniciou às 09h30 e durou pouco mais de 30 minutos. Para isso, o quarteirão onde a vítima morava, na rua Frei Domingos Riezzi, teve que ser interditada pelos investigadores do 1º Distrito Policial, que realizaram a reconstituição auxiliando os trabalhos da Polícia Científica de Penápolis. “O trabalho de reconstituição é fundamental durante o inquérito para que o fato seja retratado tal como ocorreu. Além disso, ela é usada ainda como parte da investigação para sabermos se as versões apresentadas coincidem”, explicou o delegado. Segundo ele, o indiciado não acompanhou os trabalhos relatando sua versão, mas a reconstituição foi possível através da versão de uma testemunha, que teria visto todo o fato. Ele explicou que todo o processo foi feito por etapas. “Parte da reconstituição se deu no momento em que a vítima chegou na casa e o que os acusados teriam saído de um caminhão que estava estacionado próximo. Depois disso reconstituímos o momento em que os acusados atiraram contra a vítima, bem como o momento em que fugiram”, ressaltou. Heweraldo revelou que o trabalho de reconstituição não apresentou contradições entre a versão da testemunha e os laudos que a polícia possui até o momento. “Feita esta reconstituição, ainda temos algumas diligência para que possamos finalizar o inquérito e encaminhar o processo à Justiça para que haja o prosseguimento. Foi um trabalho de dedicação dos investigadores e que contou com a colaboração de todos os órgãos envolvidos. Temos uma pessoa presa e estamos nos dedicando para que possamos localizar o outro indiciado”, finalizou o delegado, que acredita que o crime tenha sido motivado por conta de uma agressão que Rodrigues teria cometido contra a companheira de um dos acusados.

Investigação
Dias após o crime, o pai da vítima encontrou o celular de Rodrigues, o qual havia a foto de duas pessoas desconhecidas. Ao mostrar a foto para uma testemunha, esta reconheceu um dos indivíduos como autor do crime. “Foi através desta informação que conseguimos apurar que o suspeito era foragido da penitenciária de Valparaíso, que nos cedeu muitas outras informações sobre ele que foram fundamentais para que pudéssemos continuar as investigações”, explicou Heweraldo. O vidraceiro foi preso em março na Vila Paulista. Já o outro suspeito foi indiciado depois que uma tornozeleira levou a Polícia Civil ao outro acusado de participação no crime. O delegado explicou que o aparelho usado para o rastreio de detentos em saidinha havia sido encontrado abandonado no Jardim Pevi. O equipamento pertence a um dos Centros de Progressão Penitenciária (CPPs) de Bauru, que informou que o detento não havia retornado de uma das saidinhas. A polícia descobriu ainda que o equipamento havia sido quebrado um dia antes do crime, sendo que a pessoa que o utilizava passou por diversas vezes próximo da casa onde a vítima foi morta. A informação foi confirmada através de rastreamento do GPS do aparelho quebrado.

(Rafael Machi)