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CIDADE & REGIÃO
26/07/2009
Um recital de primeiro mundo
Amaury Pavão (*)
Penápolis tem uma tradição artística invejável, reconhecida por um amplo contingente de agentes e apreciadores da ação cultural, que vem desde os tempos da professora de música Elmaza Sabino, passando pelas galerias de arte promovidas por Celso Egreja e pela galeria Itaú de Célia Muçouçah, culminando agora, com a revelação de um autêntico virtuose: Silvânio Reis. Cito apenas os nomes daqueles pioneiros, a preceder nosso atual pianista maior, por falta de espaço e por coerência redacional jornalística, já que o elenco de produtores de arte em Penápolis, ao longo da História é bastante extenso e merece um levantamento completo de seus nomes para conhecimento dos nossos contemporâneos, mas não cabe aqui agora. Elmaza formou gerações de pianistas, Egreja promoveu dezenas de exposições e recitais, como mecenas e intérprete ao piano de grandes autores e trazendo à Penápolis expoentes do cenário artístico nacional e Célia Muçouçah, atuou como curadora de memoráveis exposições da Galeria Itaú. Fazia-o com classe e competência.
Hoje, no cenário da música de arte, antes chamada clássica, a Jóia da Coroa é o pianista Silvânio Reis. Isto ficou mais do que provado durante a realização do recital de sexta-feira (24) , no Teatro Lúmine, quando o jovem músico obteve verdadeira consagração. A apresentação em pauta foi uma iniciativa de amigos do artista, os quais aproveitaram sua estada no Brasil (ele estuda nos Estados Unidos) para consolidarem sua imagem na cidade onde iniciou seus primeiros estudos. A produção foi da Prefeitura de Penápolis, por meio das Secretarias Municipais de Cultura e de Educação. Este escriba atuou como mestre de cerimônias e Armandinho Soares como contra-regra na sonorização.
O programa previa obras de grandes mestres da música erudita, como Bach, Mozart, Chopin, Debussy, Beethoven e contemporâneos como Saint-Preux,, Elgar e Saint Säens, as quais foram executadas com técnica e sensibilidade, mas teve de estender-se por exigência do público. O repertório básico foi o seguinte: J.S.Bach – Prelúdio nº. 1 do Cravo Bem Temperado Vol. I; W.A.Mozart – Sonata em Lá Maior: Tema e Variações I,II,III, e IV; as partes números 4, 7, 6, 20 e 15 do Prelúdio opus 28 e o Estudo op. 25, nº 1, de Chopin; Saint-Preux – Concerto para uma voz;.Beethoven – Sonata ao Luar; Debussy – Clair de Lune; Elgar – Love´s Greeting Op.12 e Saint-Säens – O Cisne.
O pianista a cada interpretação era calorosamente aplaudido e depois de executar as composições do programa, todas de graça e leveza incomuns, foi ovacionado pelo público que lotou o teatro. Ao término do repertório agendado, foi chamado várias vezes ao palco e atendendo aos pedidos para bisar não repetiu nenhuma das composições já apresentadas, mas encantou ainda mais o auditório com outras peças de seu repertório, dentre as quais destaco o tango “Por Uma Cabeza”, do filme Perfume de Mulher, lembrou o saudoso Fred Mercury, ao tocar “Barcelona”, sucesso das olimpíadas daquela cidade e brindou os penapolenses com apreciados sucessos do repertório pianístico moderno.
Enfim, o artista presenteou o público com uma audição primorosa que ficará para sempre gravada nas mentes e nos corações de quem compareceu ao Lúmine no dia 24 de Julho de 2009. E o público, reconhecendo o talento de seu artista devolveu-lhe as preciosidades em forma de música com uma consagração que entrará para a História como um recital de primeiro mundo.
(*) Amaury Pavão é crítico de arte pela Unesp/SP
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