Um ano: Lei seca altera hábito de motoristas

A Lei 11. 705, mais conhecida como “Lei Seca”, completou ontem um ano em vigor no Brasil. Por causa da lei, hábitos que antes eram comuns entre os motoristas foram modificados. Consumir bebida alcoólica e dirigir em seguida para muita gente é uma prática que ficou no passado. A lei torna ilegal dirigir com concentração a partir de dois decigramas de álcool por litro de sangue. A punição para quem descumprir a lei prevê suspensão da carteira de habilitação por um ano, além de multa de R$ 955 e retenção do veículo.  A suspensão por um ano do direito de dirigir é feita a partir de 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue). Acima de 0,3 mg/l de álcool no ar expelido (ou 6 dg por litro de sangue), a punição inclui também a detenção do motorista, cuja pena varia de seis meses a três anos.
Em Penápolis, segundo informações do Tenente da Polícia Militar, Flávio Augusto Bachiega Zambrosi, a população tem cumprido a lei. “Durante o tempo que está em vigor, não tivemos muitos problemas envolvendo motoristas embriagados”, comenta. Zambrosi lembra que neste período, foram registrados nove flagrantes de pessoas embriagadas ao volante; deste total a maioria eram munícipes que se envolveram em acidentes. “A PM tem fiscalizado constantemente, principalmente quando há indícios de que a pessoa está sob efeito de álcool”, garante. Denominada como “Operação Direção Segura”, a mesma é feita geralmente aos finais de semana no período noturno próximo aos bares e lanchonetes da cidade. Nestas fiscalizações, dependendo da necessidade, quando o policial se depara com algum motorista sobre o efeito de álcool, são tomadas as providências cabíveis como o teste do bafômetro. “Nosso objetivo é além de garantir segurança para os motoristas penapolenses, estar alertando os mesmos sobre os perigos de dirigir sobre efeito de álcool”, finalizou. (IA)

Foto: Tenente Zambrosi lembra que durante este tempo que a Lei Seca está em vigor, foram registrados nove flagrantes de embriaguez ao volante

Estado economiza R$ 17 milhões com ‘Lei Seca’

O governo de São Paulo anunciou esta semana que a adoção da lei seca resultou em economia de, ao menos, R$ 17 milhões aos cofres do sistema de saúde. O dinheiro poupado com a redução de atendimentos as vítimas de trânsito será revertido neste ano na criação de um hospital público que ofereça fisioterapia, tratamento e reabilitação para acidentados, uma das demandas resultantes da chamada epidemia de colisões no tráfego. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, houve a redução de 18,9% no número de vítimas do trânsito, o que representa 1.440 pacientes a menos por mês nos hospitais do estado. Entre 19 de junho de 2008 e o início deste mês, foram 75.175 atendimentos de acidentes automobilísticos, quedas de moto ou atropelamentos, ante 92.741 no intervalo de junho de 2007 a junho do ano passado. Estudos anteriores já evidenciaram a íntima relação entre bebida alcoólica e acidentes - uma pesquisa da USP dizia que 35% dos motoristas mortos no trânsito estavam embriagados. (IA)