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CIDADE & REGIÃO

03/06/2007

Sindicato Rural promove curso de doma racional

Detalhes Notícia

O Sindicato Rural de Penápolis, em convênio com a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP) para realização das ações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), encerrou esta semana o curso de doma racional, ministrado pelo instrutor eqüestre, Paulo Afonso Cunha. Participaram do curso 12 pessoas que receberam as modernas técnicas e treinamentos para os pequenos e médios produtores rurais. “É um trabalho muito bonito, já que a doma do animal é uma arte e, através deste procedimento ocorre a base de como o animal se comportará”, afirmou Paulo Cunha. Segundo ele, um dos objetivos do curso é preparar o animal com uma boa base de instrução para que possa oferecer todo o rendimento possível. “A diferença da doma racional com a tradicional é que, como o próprio nome já diz, ocorre de forma racional, onde o domador não pensa somente nele, mas também no animal, onde todo seu “lado” é visto constantemente”, afirmou o instrutor. Segundo ele, com o desenrolar dos ensinamentos, quando o cavalo passa a entender a linguagem à ele passada, oferece o que de melhor ele têm.

Como parâmetro instrucional, na doma tradicional o domador, normalmente uma pessoa de coragem, pega o animal e é feito o treinamento de forma bruta. “Nesta fórmula, o domador está acostumado somente a impor, e, quando você apenas obriga, não ocorre a perfeição. Já na doma racional isto não existe, já que o trabalho é conduzido de maneira da qual, no início, toda razão é do animal. Ele não é laçado ou mesmo amarrado em um palanque e é oferecido um “banho de gente” e o domador procura entrar na linguagem do animal. Desta forma ele entende a situação e não reage”, explicou o domador. Dado ao seu conhecimento e experiência na área por 30 anos, Paulo Cunha destacou que toda reação do cavalo ocorre por medo, quando então ele se defende através do coice, pulos ou com mordidas. “A partir do momento que ele entende a relação com a pessoa que o está domando, ele não irá agir desta maneira e surgirá uma amizade entre ambos”, afirmou Paulo Cunha, destacando que, a exemplo do cachorro, o cavalo é um grande amigo do homem. “Infelizmente as pessoas não sabem treiná-lo e transmitir à ele o que se deseja. A partir do momento que o cavalo sabe o que se deseja dele, o procedimento será diferenciado. Como exemplo, quando você desce dele, ao invés dele querer correr, acaba vindo atrás do dono”, enfatizou o instrutor. Outro exemplo citado, quando o animal domado racionalmente encontra uma situação da qual necessita ajuda, como por exemplo ao se enroscar, ao ver a pessoa que está com ele, não fica nervoso, mas calmamente espera que o dono o ajude. “Ele sabe que a pessoa não irá maltratá-lo, mas sim, ajudá-lo. Isto tudo tem que ser transmitido durante os treinamentos”, observou. Esta semana, para encerrar os ensinamentos, foram feitos os treinamentos com rédeas, que é classificado como o complemento da doma. “A rédea exige trabalhar com todos o corpo do animal e, conforme vai se soltado, ocorre o limpamento dos movimentos e com isto sua habilidade aumenta sensivelmente. Sem estar tenso, o cavalo poderá render todo seu potencial, ou seja, estará consciente de seu trabalho”, destacou o instrutor. O trabalho com rédea é classificado como julgamento, onde os movimentos do animal é classificado sem a reação de defesa. “O animal fica “leve”, apesar de se movimentar bem, e poderá facilmente ser montado por mulheres ou crianças”, garantiu Paulo Cunha. O curso teve duração de 60 dias, o que incluiu treinamento em terrenos irregulares, trânsito próximo de veículos e finalizou com os treinamentos com rédea, que teve duração de 48 horas e com ensinamentos e habilidades individuais dependendo da função da qual o animal será empregado.  O curso do doma racional é um dos 300 que do SENAR, que inclui ainda programas e palestras voltados para a formação profissional rural e promoção social dos produtores e trabalhadores rurais. O Sindicato Rural é responsável pela organização, mobilização e realização destas ações no município e suas extensões de base, que inclui Penápolis e a comarca e geralmente são realizadas em uma propriedade rural cedida pelo produtor, classificado como parceiro.

O treinamento em rédeas, complementação da doma racional foi realizada de 28 de maio a 02 de junho no Haras Young‘s Ranch, pertencente a Norberto Heradão Rogone. O instrutor, Paulo Cunha, é do município paulista de Itaberá, onde é proprietário do Centro de Treinamento “Professor Paulo Cunha”, onde trabalha com todas as raças de eqüídeos e muares e em todas modalidades e está localizado na Rodovia Eduardo Saghi, Km 51. Paulo Cunha está cotado entre os 10 melhores do mundo em trabalhos com muares, sendo o melhor do Brasil na atualidade. No SENAR atua há treze anos. Os participantes do curso são produtores rurais e pecuaristas. (SRF)

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