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CIDADE & REGIÃO
06/12/2007
Sindicato Rural e Senar encerram programa Pró Leite
Lucas Araújo
O Sindicato Rural de Penápolis em parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) encerrou na noite de terça-feira em sua sede o programa Pró Leite. O projeto de incentivo e capacitação para a pecuária de leite abrangeu 12 pequenos produtores rurais.
Tendo como instrutor do Senar, o médico veterinário Paulo Roberto Rodrigues Pinto e como coordenador, Dênis Cássio C. da Silva, o projeto teve início em março deste ano. Ele foi desenvolvido sempre aos domingos e feriados no Sítio Moreira da produtora Maria Fernandes de Castro. O programa concluiu-se com 12 participantes em 454 horas/aulas, divididas em 16 módulos. Neles foram ensinados formas de planejamento, plantio de cana para o alimento, recuperação de pastagem, pastagem de inverno, irrigação, sanidade, qualidade do leite, cerca elétrica e manejos de ordenha e animais, entre outros.
Para o presidente do Sindicato Rural, João Antonio Castilho, este trabalho com a pecuária de leite, em seu primeiro projeto, tem que ser divulgado pelos participantes. “Caros produtores, em razão da monocultura da cana nós temos que buscar alternativas que nos dê produtividade e não quantidade”.
Segundo o instrutor Paulo, a proposta era levar aos pequenos produtores a possibilidade de se produzir leite em uma área de 1 hectare. Mas que diante de toda a estrutura necessária, seria preciso um planejamento, animais produtivos e atender suas necessidades para produção. “Foi visível a união e orgulho que demonstraram ao receber o certificado de participação e a muda de jacarandá como símbolo a ser plantado e regado. A vedete do nosso curso foi a pastagem de inverno com aveia e azevém. Um capim que se desenvolve no frio e umidade, e que gerou alta produtividade”, detalha Paulo. Ao final do curso foi possível identificar com o acompanhamento registrado de cada módulo, a evolução de tudo que foi colocado para que cada produtor tivesse a sensibilidade de ver como tratar o gado de leite. Lembra por exemplo a importância de se “conversar” com o animal ao soltá-lo no piquete, tentando descobrir mais necessidades para seu bem estar e produtividade. “Foi possível mostrar ao produtor que em uma pequena área ele dobraria seu rendimento monetário em relação à cana. Lembro-me de um dizer que a cana paga R$ 1.860 por alqueire ao ano, enquanto o leite rende R$ 3.600 ao ano ocupando apenas metade desta área”, frisa Paulo. O curso foi desenvolvido em uma unidade demonstrativa, devendo ser delineado em breve um trabalho de acompanhamento. O Pró Leite será retomado em 2008 com a idealização do Sirp de que outra propriedade esteja na pauta, assim como novos produtores.
Foto: Instrutor Paulo retomando as evoluções surtidas a cada módulo
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