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CIDADE & REGIÃO
25/07/2010
QUEBRA DE PATENTE: Cresce procura de estimulantes em farmácias
DA REPORTAGEM
A recente quebra de patente do medicamento Viagra, que tornou possível a venda do estimulante sexual por genéricos a preços considerados populares, proporcionou um grande aumento na procura dos comprimidos nas farmácias da cidade consultadas pela Reportagem. Apesar da venda ocorrer através de recomendação médica, como não é exigida a retenção da receita, proporciona a possibilidade da livre comercialização do produto aos consumidores. Por conta disso, os farmacêuticos solicitaram que os seus nomes, bem como das empresas, fossem preservados. Entretanto eles orientam ser necessário que o usuário faça uma consulta médica antes de decidir pelo uso do medicamento. “Mas, 80% deles não apresentam a receita”, informou um dos consultados. Segundo ele, os riscos são para os pacientes com histórico de problemas cardíacos e que se utilizem de medicamentos que tenham em suas fórmulas o agente antianginoso. Mesmo reconhecendo que alguns jovens procuram pelo estimulante com a finalidade de “turbinar” a relação, os entrevistados garantiram que a grande maioria são homens com idade superior a 50 anos. No caso dos jovens, o medicamento, além do “turbinamento”, também ajuda a retardar a ejaculação, o que justifica a grande procura.
Preços
A entrada do genérico (fórmula citrato de sildenafila) fez com que o tradicional Viagra também sofresse uma redução de preço. Atualmente um comprimido é comercializado em média por R$ 15,80, a um mês atrás custava 50% a mais. Já o genérico sai por volta de R$ 8,00. Com esta redução as vendas do medicamento triplicaram. Para os farmacêuticos, uma das explicações desse aumento, seria o fato de que muitas pessoas que utilizavam o medicamento semelhante contrabandeados do Paraguai, através dos conhecidos sacoleiros, passaram a comprá-los nas farmácias. Outro fator importante também é que os usuários não se sentem mais envergonhados em comprar o produto. “Até pouco tempo havia um forte preconceito dos homens em procurarem por remédios que os ajudassem na ereção. Atualmente isto não existe, a compra é feita com naturalidade”, enfatizou um profissional de farmácia. Clientes com idade avançada, alguns com mais de 77 anos, constantemente procuram o estimulante que são encontrados em caixas com um a quatro comprimidos.
Marcas
A Sandoz, divisão de medicamentos genéricos da multinacional alemã Novartis, foi à segunda farmacêutica brasileira a colocar no mercado o genérico do Viagra, medicamento da multinacional Pfizer que perdeu a patente no Brasil no dia 20 de junho. A empresa conseguiu na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, a aprovação do pedido de fabricação do genérico e do similar do citrato de sildenafila, princípio ativo do remédio para disfunção erétil, um dos mais vendidos do mundo. A aprovação, publicada no Diário Oficial da União ocorreu no mesmo dia em que o laboratório paulista EMS começou a colocar no mercado o genérico do Viagra e seu similar, o Suvvia. A EMS conseguiu o registro na Anvisa no início de maio. Segundo informações do mercado, a Sandoz deve colocar os primeiros lotes do medicamento nas farmácias nos próximos dias. Inicialmente, a companhia, com sede na Suíça, deve importar os produtos de outro país onde não há a proteção de patente - caso da Argentina - ou onde ela já expirou. Oficialmente, a companhia não comentou sobre sua estratégia de lançamento para o Viagra genérico e seu similar. As vendas do medicamento da Pfizer somaram R$ 170 milhões de reais do ano passado, segundo informações da IMS Health, que audita os números do setor. Já o mercado de disfunção erétil movimentou cerca de 500 milhões de reais em 2009. Com a chegada dos similares e genéricos, a expectativa é que esse mercado dobre no prazo de um ano. Segundo a Anvisa, existem nove pedidos de registro para a produção do princípio ativo do Viagra - cinco para genéricos e quatro para similares, de cinco empresas diferentes. (SRF)
Foto: Quebra de patente fez reduzir o preço do tradicional estimulante
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