Professora participa do IX Encontro Estadual Anti-Racismo

Está sendo realizado em São Paulo o IX Encontro Estadual de Sindicalistas Anti-Racismo “José Custódio de Almeida”, do qual participa a professora e secretária da subsede da Apeoesp de Penápolis, Cleide Maria de Jesus de Almeida que representa ainda a unidade da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de Araçatuba. Ela faz parte do Coletivo Estadual Anti-Racismo, formado por cerca de oito pessoas e que viajou até a capital para participar das discussões. O encontro teve início ontem e termina hoje, sendo sediado nas dependências do SINTAEMA (Sindicato de Água e Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo).

Entre as discussões propostas para o evento estão temas relacionados à aplicação das leis, as modificações das mesmas e a discriminação no mercado de trabalho, não só do negro como da mulher. Também será colocado para aprovação um regimento interno do Movimento Anti-Racismo.

Entre os convidados do encontro estão representantes da CUT-SP, do Sintaema, da Secretaria da Mulher Trabalhadora-SEMT e do CNCDR (Coletivo Nacional de Negros Contra o Racismo), além de parlamentares e representação Indígena.

Experiência

A penapolense aproveitará o encontro para buscar novas idéias e temas pra o 2º Encontro Anti-Racismo a ser promovido em Penápolis no mês de novembro. Desenvolvido por meio de parceria entre Apeoesp e Prefeitura Municipal, o evento teve sua primeira edição no ano passado no Teatro Lúmine.

Homenagem

O homenageado do encontro, José Custódio de Almeida, faleceu em abril deste ano, com 75 anos. Segundo informações disponibilizadas no site oficial da CUT, ele foi um dos principais expoentes da luta por melhores condições de trabalho no Brasil. Nos últimos tempos, dirigiu a Comissão de Saúde do Sindicato dos Químicos de São Paulo-CUT/SP, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas-CUT/SP (SINTAP) e o Conselho Municipal do Idoso, defendendo melhores condições de saúde para a terceira idade e o fim da discriminação racial. Militante do PCB (Partido Comunista do Brasil) durante a década de 1950, ele foi uma das vítimas do regime militar na década de 1960, sendo cassado em 1964, quando era diretor do Sindicato dos Plásticos. (AR)