Pecuaristas devem se regularizar contra aftosa e brucelose

DA REPORTAGEM

A Inspetoria de Defesa Agropecuária de Penápolis está alertando os pecuaristas que possuem bovídeos, ou seja, bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade, para que vacinem seus animais contra a febre aftosa até o fim de maio. A vacinação faz parte da campanha realizada em todo o Estado através da Secretaria de Agricultura e abastecimentos junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. 
Segundo nota, a vacinação contra a febre aftosa é obrigatória. O criador que não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária sofrerá penalidades, como cinco Ufesps, ou seja, R$ 100,70 por cabeça, e 3 Ufesps, ou seja R$ 60,42 por cabeça, por deixar de comunicar a vacinação. O valor de cada Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) é de R$ 20,14. Há 18 anos o Estado de São Paulo não registra casos de febre aftosa. 
A região de Penápolis possui 110 propriedades rurais, englobadas pelos municípios de Avanhandava, Alto Alegre, Braúna, Barbosa, Glicério, Luziânia. No total, são 30,1 mil cabeças a serem vacinadas. Já o Estado de São Paulo tem uma população de bovinos e bubalinos na faixa etária de até dois anos estimada em 4,2 milhões de cabeças. O rebanho total paulista é de 10,36 milhões animais. Após o fim de maio, o criador tem até o dia 07 de junho para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária. É preciso ainda, declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como: equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos, aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes). 
Algumas dicas são importantes para quem ainda vai vacinar os animais, como adquirir vacina que deve ser mantida entre 2 a 8 graus, tanto no transporte como no armazenamento. Para isso deve ser usada uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo. Outra recomendação importante é que a vacina deve ser aplicada no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). A dose deve ser sempre de 5 mls, independente da idade, desde que até 24 meses. Para garantir a higiene e dose do animal, é necessário substituir a agulha com frequência.  

Brucelose
A vacinação contra a brucelose também vai até o dia 31 de maio, assim como a febre aftosa, no entanto, o pecuarista deve vacinar neste caso, fêmeas bovinas e bubalinas, com 3 a 8 meses de idade e é feita uma única vez. O pecuarista precisa se atentar também quanto ao prazo final para a comprovação da vacina contra a brucelose, que passou a ser o mesmo estabelecido para a entrega da declaração da vacinação contra a febre aftosa, que deve ser feita por médicos veterinários cadastrados na Defesa Agropecuária. 
A razão para este cuidado é pelo fato de ser uma vacina viva e poder infectar o manipulador. É o veterinário também que será o responsável por fornecer o atestado de vacinação. A brucelose é uma zoonose (doença que acomete os animais e o homem) infecto-contagiosa causada pela bactéria Brucella abortus. Nos bovinos pode causar abortamento; nascimento de bezerros fracos; retenção de placenta; repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, além de inflamação nos testículos. 
Em São Paulo a vacinação é obrigatória desde 2002 quando foi instituído pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose animal. 

(Rafael Machi – Com informações da Secretaria de Cultura de São Paulo)