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CIDADE & REGIÃO

25/02/2007

Parque Industrial: Ruas de chão batido prejudicam empresários

Detalhes Notícia

O problema é antigo e ao que parece não deverá ser resolvido a curto prazo. As ruas de chão batido do Distrito Industrial continuam sendo um interminável desafio para os prefeitos penapolenses e uma grande dor de cabeça para os empresários. Atravessando várias gestões, o bairro que deveria ser um dos cartões postais da cidade, permanece praticamente como na época em que foi criado: ruas de terra, terrenos tomados pelo mato e a promessa de asfalto, que nunca chega.

Recentemente o presidente da Associação dos Empresários de Penápolis, José Carlos Altimari, o “Zé do Poste”, em reunião com o prefeito João Luís dos Santos (PT) e demais empresários e secretários, cobrou uma solução para o problema, que até agora não foi tomada. “Nada mudou depois da última reunião”, reclamou o presidente. Para ele, os empresários daquele setor são sacrificados e, a seu ver, não adianta mais reclamar. Quando ocorre o período de chuvas as ruas tornam-se intransitáveis e o escoamento da produção é prejudicado. Por outro lado, o tempo seco alimenta os prejuízos causados pela poeira.

 

Lama

Um dos prejudicados é o empresário do ramo de recuperação de plástico, Alexandro Babeto, proprietário da Imbrapol, instalada na avenida Francisco Colnaghi. Trabalhando com a reciclagem de materiais plásticos, a empresa sofre com o período de estiagem prolongada. “O excesso de poeira nos obriga a trabalhar com as portas fechadas para não prejudicar o produto”, lamentou o empresário, que reclamou também da lama que toma conta das ruas em dias chuvosos, impossibilitando a passagem de caminhões para transporte dos materiais. “Simplesmente os caminhões não conseguem chegar até a indústria”, disse. Como solução, segundo o empresário, resta-lhe esperar que o tempo colabore, para somente então o veículo ser carregado ou descarregado. “Já aconteceu de perdermos a venda por este motivo”, lamentou.

Segundo Alexandro, quando é possível a Prefeitura Municipal envia máquinas para tentar amenizar o problema das ruas. “No entanto, o trabalho não é realizado com regularidade, já que alegam falta de equipamentos. Sem o asfalto tudo fica complicado, pois se hoje eles consertam o estrago, com a próxima chuva todo serviço realizado é perdido”, destacou.

 

Poeira

As mesmas reclamações são responsáveis pela insatisfação dos funcionários e dirigentes da Lajun Recuperadora de Virabrequins, dos empresários Laércio Junqueira Nogueira e Wemerson Junqueira Nogueira. Localizada na avenida Antonio Rodrigues Boucinha, uma das mais movimentadas no bairro e também sem asfalto, a empresa sofre as conseqüências da grande quantidade de terra concentrada no local devido principalmente à falta de pavimentação e à constante passagem de veículos pesados.

Segundo o gerente administrativo da Lajun, José Geraldo de Jesus Silva, a poeira prejudica muito o funcionamento do maquinário da empresa, que trabalha com medidas milimétricas. “As retíficas, operadas a partir de material abrasivo, utilizam um óleo solúvel que, misturado à poeira, provoca um estrago enorme no maquinário”, contou Geraldo. “Isso demanda um custo muito grande pela necessidade de manutenção constante”, revelou. O gerente apontou ainda problemas com equipamentos de informática e comunicação, ocasionados pelo excesso de terra que invade as instalações da empresa.

Ainda segundo ele, há casos de empresas impedidas de se instalarem no Parque por falta do Alvará do Corpo de Bombeiros. “A exigência da instalação de um hidrômetro, por exemplo, não pode ser cumprida, já que não há guias, sarjetas ou calçadas”, citou.

 

Promessa

A Lajun foi instalada em Penápolis em 1997 após convite do então prefeito Alidino Valter Bonini. Segundo Geraldo, a proposta foi vista com muito otimismo pelos proprietários, já que a promessa era de que o local seria dotado de toda a infra-estrutura necessária para se tornar um grande Parque.

“A partir dessa idéia, a empresa investiu grande capital”, contou ele. Nove anos depois, o gerente classifica como desesperadora e ridícula a situação em que a empresa está submetida. “Estamos lutando sem nenhum respaldo da administração municipal, tendo que acreditar nas palavras de políticos que estão no comando do município e de outros que pretendem se candidatar, que nos visitam sempre com a promessa de que o asfalto será feito”, comentou. “Apenas em nossa empresa são 54 funcionários, e muitas outras pessoas poderiam estar empregadas não fosse a desmotivação que o local proporciona”, finalizou o gerente da Lajun. (SRF e AR)

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