Operação Babilônia: Policiais Civis de Penápolis participam de megaoperação

DA REPORTAGEM

Policiais Civis de Penápolis participaram ontem de uma megaoperação, denominada como “Babilônia”, nas cidades de Araçatuba e Guararapes, que resultou na prisão de 23 pessoas que estão sendo acusadas de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A operação, que teve início às 06h, contou com o apoio da Polícia Militar e do helicóptero Pelicado da Polícia Civil de São Paulo. A ação envolveu cerca de 180 policiais, incluindo os penapolenses. A investigação que resultou na operação de ontem teve início em março de 2009. Por meio de interceptações telefônicas com autorização da Justiça, o setor de inteligência da Delegacia Seccional de Araçatuba desmantelou um esquema envolvendo nove quadrilhas que foram formadas para atuar na venda de drogas e em roubos com o objetivo de adquirir verba para capital de giro do tráfico. Foi apurado ainda que o esquema tinha integrantes do PCC presos nas penitenciárias do Estado de São Paulo.

Prisões
Entre os que foram detidos há um agente de segurança que trabalha na penitenciária de Valparaíso. Um professor de português e que também tem uma escola de preparação para concursos na cidade de Guararapes foi preso, acusado de financiar o tráfico no município e manter contato com integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios e que possui contato dentro da cadeia. Além do professor, uma advogada chegou a ser autuada em flagrante pela posse de munição e por manter em casa um aparelho de radio HT na frequência da Polícia. Ela pagou fiança de R$ 500 e vai responder pelos crimes em liberdade. Além das 23 pessoas que foram presas, a Justiça ainda expediu outros 24 mandados de prisão para homens que já estão presos. Um destes estaria deixando a penitenciária esta semana. Ainda de acordo com a Polícia, a operação também resultou na prisão de um homem que tinha papel fundamental para o funcionamento do tráfico de drogas em Guararapes, além de ser um dos líderes do PCC na região. Conforme interceptações telefônicas e levantamento policial, o acusado teria assumido a posição depois da morte por homicídio de dois outros membros que ocupavam o mesmo posto na hierarquia da facção criminosa. Na ação, foram apreendidos também diversos objetos, sendo vários aparelhos celulares, chips de diversas operadoras, computadores, notebook, toca-cd, agendas e um tanque de moto. (IA)