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CIDADE & REGIÃO
26/03/2015
Mensagens entre penapolenses fazem falso alerta
DA REPORTAGEM
Quem está sempre conectado às redes sociais na internet deve estar acostumado às famosas “mensagens correntes” ou “mensagens virais”, que normalmente são enviadas por estas redes, como o Facebook ou o Whatsapp, e que se espalham rapidamente para um grande número de pessoas e com variados assuntos, sempre com um pedido para que a mesma seja enviada para outras pessoas ou grupos. Nas últimas semanas uma destas mensagens que circulam pelo Whatsapp tem chamado à atenção dos penapolenses. Ele alerta sobre um grupo de pessoas que tem agido no centro de Penápolis com o intuito de transmitir o vírus da Aids (HIV) propositalmente através de agulhas contaminadas.
A mensagem enviada explica que uma pessoa está agindo no comércio local se passando por uma enfermeira e que deseja realizar teste de glicose. Acontece que o suposto material para o exame estaria contaminado com o vírus HIV, que em contato com a pessoa, o vírus é transmitido de forma proposital. A mensagem enviada chega a citar o nome de onde o alerta estaria sendo enviado, levando a crer se tratar de um hospital do Rio de Janeiro. O nome de um suposto cabo do 4º Batalhão da Polícia Militar é citado, cuja base não se localiza na região de Araçatuba, área de comando de Penápolis.
Repercussão
A mensagem ganhou repercussão e também a preocupação das pessoas depois que a denúncia de uma ação muito parecida foi feita pelo Fantástico, da Rede Globo de Televisão, nas duas últimas semanas.
A denúncia é sobre o “Clube do Carimbo”, que age nas grandes capitais. A matéria mostra a ação de “carimbadores” – nome dado ao portador da Aids que passa o vírus ao companheiro sem sua permissão. Entretanto a ação denunciada acontece através de relações sexuais sem o uso do preservativo, diferente da forma como é alertada na mensagem enviada aos penapolenses. Ainda segundo a denúncia feita pelo programa televisivo, o carimbador se relaciona com outras pessoas a fim de passar o vírus propositalmente. Geralmente ele acaba escondendo que é portador do vírus para manter a relação sem o uso do preservativo, contaminando seu parceiro sem que ele saiba.
A ação está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo e, se condenados, os “carimbadores” podem pegar de dois a oito anos de prisão por lesão corporal grave, já que ela expõe a vítima a uma doença grave e sem cura. De acordo com o delegado Heweraldo Weber Gonçalves, não existe denúncia no município sobre esta ação criminosa. Ele revelou que já tinha conhecimento sobre as mensagens que circulavam nas redes sociais, inclusive das matérias exibidas na televisão sobre casos parecidos, mas que não existe nada semelhante no município. “Foi uma infeliz coincidência. Provavelmente pessoas se aproveitaram da proporção que atos como este estão ganhando para espalhar as mensagens pelas redes sociais de pessoas do município”, explicou. O delegado disse que é importante ressaltar que em determinadas épocas é comum instituições realizarem testes de glicemia no centro da cidade, mas que isso não deve ser encarado pelas pessoas como uma ameaça. “É claro que quando é realizado um trabalho sério como este, existe muita divulgação e a identificação dos profissionais envolvidos. Desta forma, a pessoa que é abordada por um profissional devidamente identificado, ela pode confiar no trabalho realizado”, afirmou.
(Rafael Machi)
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