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CIDADE & REGIÃO
12/05/2007
Mão única: Polícia orienta condutores. Comerciantes reclamam

Policiais militares realizaram na tarde de ontem um trabalho de orientação aos condutores que tentavam passar pela rua Altino Vaz de Mello no sentido bairro-centro, no trecho que recebeu mudanças no trânsito. A rua passou a ser mão única na última quinta-feira, entre as avenidas Santa Casa e São José. Assim, a nova regra obriga os motoristas que trafegam no sentido bairro-centro a virarem à esquerda, tomando a avenida São José. A rua Mário Sabino, que a princípio também sofreria mudanças, permanece como mão dupla.
Na manhã de ontem a falta de policiamento na rua Altino Vaz de Mello fez com que muitos condutores desconsiderassem a sinalização, circulando pela contra mão. À tarde, mesmo com a presença dos policiais, muitos não estavam cientes da mudança e passavam distraídos pelas placas, até serem abordados e orientados pela polícia.
O capitão da PM, Wilson Carlos Brás, disse que a modificação deverá gerar muita confusão entre os condutores nos primeiros dias, mas garantiu que durante a fase de adaptação os policiais estarão no local para organizar o tráfego. “Faremos esta orientação aos motoristas por alguns dias para evitar qualquer tipo de acidente”, afirmou ele, que comentou ainda sobre o fato de muitas pessoas, pelo hábito de utilizarem sempre o mesmo caminho, não prestarem atenção à nova sinalização. “Quem não leu a respeito da nova regra ou não estava na cidade nos dias em que a mudança foi anunciada, certamente passará distraidamente por aquela rua”, considerou.
Comércio
A mudança gerou insatisfação aos proprietários de estabelecimentos comerciais instalados na Altino Vaz de Mello, uma vez que a nova regra reduzirá o fluxo de veículos e obrigará seus clientes a fazerem um caminho mais longo para chegar ao estabelecimento, o que pode fazer com que o consumidor considere mais viável freqüentar um local de melhor acesso. O fotógrafo Daniel Reche de Freitas, proprietário do Foto Daniel, disse reprovar a modificação. “Utilizamos muito esta via e vamos muitas vezes ao centro da cidade. Agora teremos que prolongar o percurso, trafegando pela rua Brasil e, para retornar para casa, a rua Fernando Ribeiro de Barros”, comentou, “Caso contrário, a outra opção é seguir pela Mário Sabino, o que aumenta ainda mais o percurso”, acrescentou ele. Daniel afirmou ainda que a mudança deve trazer prejuízos para seu trabalho. “O fluxo de pessoas que passarão pelo estúdio é bem menor e muitas preferirão contratar os serviços no centro da cidade, onde o acesso é mais fácil”, reclamou ele.
Outro comerciante insatisfeito é Wilson de Jesus Buranello, proprietário da Padaria Art Pão. Segundo ele, a mudança trouxe prejuízos para muitos, além de atrapalhar ainda mais o tráfego pelo local. “Caberia outras medidas para organizar o trânsito como redutores de velocidade, proibição de estacionamento num dos lados da rua ou ainda a colocação de um semáforo”, opinou ele. Wilson criticou ainda o fato da mudança não reduzir a velocidade dos condutores. “Ficou até mais perigosa esta questão porque, sabendo que é mão única, o motorista passa pela rua com mais velocidade”, afirmou o comerciante, que citou também o congestionamento observado na esquina entre a rua Altino Vaz de Mello e a avenida São José. Segundo ele, veículos grandes têm dificuldade na hora de fazer a conversão obrigatória para a avenida. “Nos horários de grande movimentação no local, por causa da faculdade, quando muitos carros estão estacionados ao redor, um ônibus não consegue virar para a São José porque o motorista tem um espaço muito estreito por onde passar”, argumentou.
Wilson alegou também que entrará com processo na Justiça contra a mudança. “Fazemos um trabalho sério, empregamos 30 pessoas e a administração municipal toma uma atitude sem considerar nosso prejuízo”, criticou. Ele afirmou ainda ter participado de todas as discussões realizadas com as autoridades, inclusive propondo outras alternativas. “Mandei um projeto para a Prefeitura, que foi também apreciado pelos vereadores, e agora é tomada esta decisão sem critérios”, disse, “O mais engraçado disso tudo é que a polêmica começou com a proposta de mudança na rua Mário Sabino, cuja alteração não foi feita, e sobrou para nós”, finalizou Wilson. (AR)
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