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CIDADE & REGIÃO
10/09/2019
Impasse: Casas do Gimenes ainda aguardam moradores
DA REPORTAGEM
Quase cinco anos e meio após a inauguração datada (abril de 2014) do residencial Gimenes em Penápolis, o problema de ocupação de quatro residências do bairro ainda não foi resolvido. As casas não puderam receber moradores por conta de uma determinação judicial expedida após seis pessoas sorteadas como suplentes no grupo de indivíduos que vivem sozinhos entraram com ação na Justiça pleiteando uma unidade. Das seis moradias que haviam sido interditadas inicialmente, duas foram liberadas e já abrigam famílias.
A reportagem do DIÁRIO vem acompanhando esta situação desde que estas casas chegaram a ser invadidas, em julho de 2015 por um grupo de mulheres solteiras com seus filhos, que permaneceram no local por quase um mês, quando foram obrigadas a deixarem as casas pela Justiça.
Nesta segunda-feira (9), a reportagem retornou ao local e constatou que as unidades continuam desocupadas. Apenas uma delas está servindo como abrigo para os vigias de uma empresa que presta serviços para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) – responsável pelas moradias – para que não voltem a ser invadidas e evitar o vandalismo.
No local, foi constatado que algumas das casas continuam apresentando problemas de infiltração, o mofo toma conta de algumas paredes, outras têm problemas com instalações elétricas e, aparentemente, somente a casa onde ficam os seguranças parece ter energia elétrica e água.
Durante várias vezes que a reportagem esteve no local, o mato tomava conta do quintal, entretanto, nesta semana, as casas apresentavam o quintal limpo, sem o acúmulo de entulhos e de mato.
Cobranças
Esta não é a primeira vez que o problema é informado pelo DIÁRIO. Em janeiro de 2016 o fato das casas estarem desocupadas já havia sido mostrado, e um ano e meio depois, em setembro de 2017, foi novamente relatado. Seis meses depois – março de 2018 – pouca coisa mudou, pois ainda aguardava a resolução do problema através da Justiça, o mesmo que acontece hoje. No início de 2019 a situação foi novamente lembrada por nossa reportagem.
Quando as residências haviam sido invadidas, em 2015, a CDHU já havia informado de que tinha conhecimento dos danos que haviam sido causados pela invasão, se prontificando, na época, a fazer todos os reparos necessários antes que as moradias sejam entregues após o término do processo judicial.
Em outras oportunidades, a CDHU já havia confirmado que as quatro moradias ainda estavam sobre ações judiciais e que aguardavam as devidas definições destes casos. As pessoas que entraram com as ações haviam sido sorteadas como suplentes ou desclassificadas por constarem em mais de uma ficha de inscrição, além de um laudo médico negativo para concorrer à cota de deficientes. Foram sorteadas 224 unidades do residencial Gimenes, em novembro de 2013, de acordo com a legislação vigente para a política habitacional, desse total, 185 foram para a população geral, 17 para deficientes, 12 para idosos e 10 para policiais e agentes penitenciários.
A reportagem tentou contato com a CDHU por e-mail, mas até o fechamento desta edição a Companhia não havia se manifestado.
(Rafael Machi)
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