Igreja: Amazônia será tema da Campanha da Fraternidade 2007

A Amazônia e todo seu potencial de recursos foram escolhidos para ser tema da Campanha da Fraternidade idealizada pela Igreja Católica para o próximo ano. Toda a extensão territorial representa para a Igreja Católica, segundo seus líderes, um conjunto de desafios à sua ação evangelizadora. Ao comentar o tema “Fraternidade e Amazônia”, escolhido pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), o pároco da Paróquia São Francisco de Assis de Penápolis, frei Mauro Aristides Strabelli, classificou como ótimo o tema. “Estamos sendo roubados pelos estrangeiros que estão fazendo daquela área uma propriedade internacional. O tema é muito apropriado, atual e servirá como um passeio para lembrar esta consciência ecológica”, definiu o religioso. O lançamento nacional da campanha, cujo lema é “Vida e missão nesse chão”, será no dia 21 de fevereiro, data que marca o início da Quaresma, na quarta-feira de cinzas. Em Penápolis, segundo frei Mauro, a campanha irá se desenvolver em sintonia com o resto do Brasil. “O lançamento será pela CNBB ou pelo papa na quarta-feira de cinzas e irá perdurar até a Semana Santa”, destacou o frei. Apesar de não ser uma obrigação, quando é possível o próprio papa participa do lançamento da campanha. “Após o início são lançados subsídios para ser estudado por toda paróquia sobre o tema. Por tradição, é promovida alguma cerimônia pública como forma de marcar o início do evento”, explicou o pároco.

O lema escolhido para a campanha do próximo ano, segundo os líderes da Igreja, irá reafirmar a missão do catolicismo de aprofundar a sua presença em meio aos povos da Amazônia. Entre os objetivos das ações evangelizadoras estão a valorização da riqueza cultural e humanística da população amazônica, que sofre com o desenvolvimento não sustentável da exploração das riquezas econômicas, como a extração de madeira. Os assassinatos da missionária norte-americana Dorothy Stang, no Pará, em fevereiro de 2005 e a execução do líder seringueiro Chico Mendes, em dezembro de 1988, são lembrados como símbolos de resistência à exploração indiscriminada contra os povos e riquezas naturais amazônicas. (SRF)