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CIDADE & REGIÃO
21/10/2006
Hoje é o Dia Nacional de Combate à Sífilis
Quando o assunto são as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), o primeiro pensamento das pessoas costuma ser a Aids. Regra geral, todos sabem como se transmite, como se pega, comportamentos de risco e medidas preventivas para evitar o contágio pelo vírus HIV.
Nesse quesito, o Brasil pode se orgulhar de ter dado exemplo ao mundo com seu pioneiro e ousado programa de combate à Aids, que oferece aos pacientes, gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), os mais modernos coquetéis de medicamentos anti-retrovirais, contribuindo para a redução da morbidade e mortalidade pela doença. E nunca é demais lembrar que o projeto nasceu no Estado de São Paulo.
Se, por um lado, não há dúvidas de que a abordagem da Aids, com todas as ações desenvolvidas nas últimas duas décadas, é correta e necessária, por outro há de se ressaltar que o universo das DST é muito mais amplo e abrangente. Clamídia, herpes genital, gonorréia, cancro mole, cancro duro e HPV (Papiloma Vírus) são algumas das infecções que decorrem de relações sexuais sem os devidos cuidados.
Sábado, 21 de outubro é Dia Nacional de Combate à Sífilis. Como profissionais da saúde pública, temos o dever de colocar em pauta, novamente, o desafio da eliminação da sífilis congênita. Trata-se de uma doença grave que acomete filhos e filhas de mulheres infectadas pela bactéria Treponema pallidum, podendo provocar aborto e até a morte do bebê, ou, ainda, seqüelas como cegueira, surdez, retardo mental e deformidades físicas.
A taxa de prevalência de sífilis em gestantes no Brasil, assim como em São Paulo, é de 1,6%. Calcula-se que, de cada três milhões de partos anuais, 48.000 são realizados em gestante com sífilis, resultando em cerca de 12.000 casos de sífilis congênita.
Apesar de ser uma doença de notificação compulsória pelos serviços de saúde, apenas 30% dos casos, em média, são comunicados oficialmente por ano. No período entre 2000 e 2005 foram registradas no país 24,7 mil internações de crianças por sífilis congênita, que geraram um gasto de aproximadamente R$ 10 milhões ao SUS. A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que a doença é eliminada quando há a incidência de um caso para cada mil nascidos vivos. Infelizmente, a maioria dos municípios está distante dessa meta.
É importante ressaltar a necessidade de que todas as gestantes, ao realizarem o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, exijam o exame para sífilis. A doença, de fácil diagnóstico, é perfeitamente curável se for tratada corretamente, e a medicação específica (penicilina) está disponível, gratuitamente, na rede pública. Também é fundamental que as mulheres conheçam os sintomas da sífilis. De 14 a 40 dias após a contaminação, a mulher pode perceber uma lesão (ferida) indolor, sem secreção, que pode desaparecer depois de algumas semanas, seguido por um período de latência (sem sintomas). Entretanto, se gestante, a mulher pode transmitir a doença para seu bebê. Caso a infecção não seja identificada e tratada, pode ocorrer aborto natural ou o bebê pode nascer com lesões que variam de feridas a problemas cardíacos e neurológicos.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermédio do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, mantém um serviço gratuito para tirar dúvidas da população sobre sífilis e demais Doenças Sexualmente Transmissíveis, pelo telefone 0800-16-25-50, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A ligação é gratuita e a identidade do usuário não precisa ser revelada.
Queremos alertar os profissionais de saúde para que concentrem esforços nas ações de prevenção e assistência às gestantes, oferecendo diagnóstico precoce e tratamento adequado. Somente com esse compromisso será possível eliminar a sífilis congênita, garantindo a sobrevivência de milhares de crianças em nosso país. (Maria Clara Gianna, médica sanitarista, é coordenadora do Programa Estadual de DTS/Aids, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo). (PH)
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