Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Saudoso Tachinha e seu Ford 29 - entrevista de 2008 - por Ricardo Alves (Cacá)

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CIDADE & REGIÃO

28/12/2008

Hoje é o Dia do Salva-Vidas

Verão no Brasil é sinônimo de praia, rio, cachoeira e piscina. O calor dessa época do ano convida até os que não sabem nadar a se refrescarem na beirinha. Porém, nem sempre essa investida é bem sucedida, e uma câimbra ou uma correnteza inesperada pode acabar com a diversão. Ainda bem que existem os salva-vidas para nos socorrer nessas situações. Conforme o levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2007 o Brasil contava com 4.141 profissionais atuando com carteira assinada, sendo o estado do Rio de Janeiro o maior contratante - com 1.199 salva-vidas. São Paulo aparece na segunda posição, com 1.160 registros. Em termos regionais o Sudeste do país tem em seu quadro 2.932 salva-vidas, enquanto o Nordeste possui 835 trabalhadores em atividade. O Sul, por sua vez, conta com 181 profissionais, seguido pelos 142 registrados no Centro-Oeste. Já a Região Norte, apesar do número de rios presente na região, possui apenas 41 carteiras de trabalho assinadas nesta ocupação. Em Penápolis, o Clube Penapolense, Lago Azul, Parque Aquático e Centro de Lazer, mantém profissionais para segurança dos freqüentadores da piscina.

O Dia  
Embora não haja uma data oficial criada por lei, no Brasil é costume comemorar o Dia do Salva-vidas em 28 de dezembro. A escolha da data remonta a origem bíblica, já que se refere ao dia do Anjo Damabiah - da hierarquia do arcanjo Gabriel - responsável pelo bem-estar das pessoas que vivem do mar, para o mar e próximos do mar. Antes de existir a profissão de salva-vidas, os resgates marítimos eram realizados por marinheiros, pescadores e populações costeiras. Vale lembrar que as primeiras organizações de salva-vidas no mundo surgiram na França com a Societé Centrale de Sauvatage de Naufragés, em 1865, e com os Hospitaliers Sauvateurs Bretons, em 1873; entidades que em 1901 foram reconhecidas como de utilidade pública.


Lago Azul mantém dois profissionais

Para a segurança dos associados o Clube de Campo Lago Azul mantém dois salva-vidas em seu quadro de funcionários. Um deles é Airton César Dalarmi, 34 anos. Funcionário do clube há quatro anos, Dalarmi está na função de salva-vidas há dois anos e meio. “Comecei como auxiliar de serviços-gerais, mas, após realizar um curso ministrado pelo Corpo de Bombeiros, passei a exercer a função de salva-vidas”, disse. Dalarmi é responsável pelas duas piscinas do clube e também pelo lago. Desde quando começou a atuar como salva-vidas, Dalarmi recorda-se de apenas um salvamento. “Um garoto, que sabia nadar muito bem, resolveu atravessar a piscina de um lado para o outro, e, quando chegou ao meio não teve mais forças para concluir o percurso e eu acabei realizando o resgate”, disse. Dalarmi acredita que para conseguir realizar seu trabalho com perfeição é fundamental manter a forma física, para isso, realiza exercícios diários na própria piscina do clube e também no campo de futebol.

Afogamento

O que é?
Asfixia dentro d'água, podendo ocasionar a morte imediata ou não da vítima.

Tipos de afogamento
· Seco (sem aspiração de líquido - 10%) - ocorre por espasmo da glote;
· Úmido (com aspiração de líquido) - quando já ocorreu inundação do aparelho respiratório.

Causas do afogamento
· Primário: ocorre sem motivo externo que interfira. É o caso clássico da vítima que não sabe nadar ou não é exímia nadadora ou por fadiga ou uma pessoa que não saiba nadar e cai acidentalmente na parte funda da piscina.
· Secundário: tem como causa um evento de origem clínica (exemplo: por crise convulsiva, infarto agudo do miocárdio) ou traumática (exemplo: TCE, acidente com barcos), o que sempre leva a uma alteração do estado de consciência, iniciando o afogamento.

Observação
Não há diferença, quanto ao atendimento, entre afogamentos em água doce ou salgada. Sempre que os alvéolos são inundados, o surfactante é alterado e ocorre edema agudo de pulmão.

Reação em cadeia
· Agitação na superfície: a vítima debate-se, na tentativa de manter-se à superfície, já iniciando seu processo de fadiga e acúmulo de CO².
· Apnéia reflexa: quando a vítima percebe que vai afundar, interrompe a respiração imediatamente, porém há a agravante do alto nível de CO2 previamente acumulado.
· A grande inspiração: por mais que a vítima queira, não consegue manter a apnéia debaixo d’água, pois, estando em hipercarbia, seu centro respiratório é estimulado, o que o leva a realizar uma inspiração, mesmo sabendo que está submersa.
· Convulsão por asfixia: a hipóxia cerebral, a hipotermia e a própria inundação do aparelho respiratório são as causas da crise convulsiva.
· Parada respiratória: o resultado desse quadro é a interrupção da função pulmonar, podendo ainda haver batimentos cardíacos.

Possibilidades de sobrevivência
Dependerá basicamente da rapidez no atendimento, porém, sabemos que a baixa temperatura da água pode retardar os malefícios da hipóxia cerebral.

Aprenda a socorrer uma vítima de afogamento

A imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas quando se fala em socorro a um afogado é: a vítima deitada de costas, com a cabeça virada de lado, cuspindo água enquanto o socorrista pressiona suas costas.
Nada disso. Para saber como, de verdade, se salva uma vítima de afogamento, siga nosso passo-a-passo. Aprenda também como fazer respiração boca-a-boca e massagem cardíaca, que podem ser úteis nesta e em outras situações de emergência.

Passo-a-passo de socorro a vítima de afogamento
1) Chame rapidamente o socorro médico. Lembre-se: no caso de afogamento, cada minuto perdido diminui muito a chance de recuperação.
2) Enquanto a ajuda não chega, coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima), em um declive, com a cabeça mais baixa que o corpo. Cuidado: não dobre nem vire o pescoço do afogado.
3) Não tente retirar a água dos pulmões.
4) Descubra se a pessoa está respirando: ouça sua respiração e observe se o tórax se movimenta.
5) Se a vítima não for capaz de respirar, comece, urgentemente, a respiração boca-a-boca. Aprenda a fazer respiração boca-a-boca.
6) Verifique também os batimentos cardíacos. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traquéia.
7) Se a pulsação estiver ausente ou a pupila dilatada, o coração deve ter parado. É preciso fazer então uma massagem cardíaca.
8) Intercale duas respirações para cada 15 massagens cardíacas.
9) Insista na ressuscitação pelo máximo de tempo que você for capaz de agüentar. A vítima pode se recuperar mesmo após muito tempo nessa situação.
10) Quando a pessoa recuperar respiração e batimentos, deixe-a deitada de lado, com um braço abaixo da cabeça. Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do socorro médico.
11) Aqueça a vítima. Se possível, leve o afogado para um local quente. Retire sua roupa molhada e cubra-a com cobertores, toalhas ou o que estiver à mão. Se a pessoa estiver consciente, ofereça uma bebida morna, doce e não alcoólica. Não tente aquecê-la rapidamente com um banho de água quente para evitar choque térmico. Friccionar braços e pernas pode ajudar a estimular a circulação.

Aprenda a fazer respiração boca-a-boca
1) Cheque se a via respiratória não está obstruída. Estique o pescoço da vítima para que o ar possa passar: ponha uma mão na nuca e levante o pescoço; apóie a outra mão na testa e force a cabeça para trás. Em seguida, abra a boca, pressione a língua para baixo e veja se não há algum objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Remova-o com os dedos.
2) Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenha esticado o pescoço da vítima e comece a respiração artificial.
3) Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa.
4) Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vitima (se for uma criança, cubra também o nariz com sua boca).
5) Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente, como em uma respiração normal. Use força com adultos, suavidade com crianças.
6) Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar.
7) Mantenha o ritmo de 18 a 20 respirações por minuto, no caso de adultos, e 15 a 18, no caso de crianças. Verifique sempre se a vítima não está recuperando seus movimentos respiratórios.
8) Se vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.

Aprenda a fazer massagem cardíaca
1) Coloque a vitima deitada de costas sobre uma superfície dura.
2) Sem interromper a respiração boca-a-boca, comece a massagem.
3) Para determinar o local em que a massagem deve ser feita, encontre, no meio do tórax, o osso esterno. Ele começa acima do estômago. Sua mão deve ser posicionada na metade inferior (isto é, entre a metade e a base) do osso.
4) Abra suas mãos e coloque uma sobre a outra. Você vai usar só a palma, mantendo os dedos esticados para cima. Em crianças pequenas, ao contrário, use os dedos, apenas. Meça a força de acordo com o tamanho da vítima.
5) Aperte o tórax da vítima, pressionando seu coração, e solte em seguida. Mantenha o ritmo de uma compressão por segundo.
6) Para ajudar a colocar pressão na massagem, deixe seu braços esticados.
7) A cada parada para fazer a respiração boca-a-boca, verifique se o pulso voltou. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traquéia.

VEJA TODAS AS NOTÍCIAS

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade