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CIDADE & REGIÃO
24/12/2006
Especial: O sentido do Natal
“A luz verdadeira, aquela que ilumina todo homem, estava chegando ao mundo” (Jo 1,9)
O Natal é a festa da luz. Os judeus celebravam e celebram ainda hoje uma festa religiosa chamada “Festa dos Tabernáculos’ - em hebraico Sukkôt. Também conhecida como “festa das luzes”. Os pagãos celebravam, por sua vez, uma festa chamada festa do solstício de inverno, dia do ano em que o sol, ao meio dia atinge seu ponto mais baixo no céu, e tem-se o dia mais longo e a noite mais curta do ano.
A Igreja, aproveitando-se desse contexto celebrativo religioso da luz e buscando dar um sentido cristão às celebrações pagãs, introduziu no seu calendário litúrgico a celebração do Natal.
Para celebrar o Natal foi instituído pela Igreja o tempo chamado Advento, que outra coisa não é senão uma preparação para receber Cristo, a “luz do mundo” (Jo 8,1). Por isso nos quatro domingos do Advento são usadas, na celebração, quatro velas - que vão sendo acesas a cada domingo. Para significar que Cristo é a luz verdadeira que veio a este mundo. Assim ele mesmo se proclamou ao participar da Festa das luzes no Templo (Jo 7,1-2; 8,1).
No Natal não celebramos o aniversário de nascimento de um grande homem chamado Jesus – como celebramos o nosso aniversário. Embora o nascimento de Jesus nos traga esperanças, torne realidade o grande mistério de um Deus que se fez homem e habitou entre nós. Se fosse apenas isso, o Natal seria tempo de tristeza, porque celebrar aniversário é reconhecer que essa novidade (o aniversário) acaba por fazer-se algo velho, usado e terá como arremate a morte. O nascer seria algo triste que levaria à morte. O Natal entendido assim seria sem sentido cristão.
Por isso é importante observar que no Natal de Jesus ocorreu algo mais; algo maravilhoso e desafiador para nossa inteligência: a afirmação de que “o Verbo se fez carne”. O impensável aconteceu. Deus se uniu tão inseparavelmente ao homem que este homem é efetivamente Deus de Deus, Luz da Luz, e continua sendo verdadeiramente homem. O Natal quer mostrar que o Deus distante pode ser agora contemplado, visto com os nossos próprios olhos e tocado (1.ª carta de João 1,1)
São João chama de Palavra ou Verbo, o Filho de Deus encarnado. Se ele é Verbo, se é a Palavra, ele fala-nos sempre. Então o Natal é um discurso de Deus. O Natal é uma fala, uma palavra de Deus sempre vibrante, fecunda, eficaz. Esse “Deus encarnado”, que não é um ser sublime, afastado, mas alguém muito próximo, ao alcance de nossas mãos, faz de seu natal um chamado que exige de cada cristão uma resposta concreta de compromisso com ele e com a Comunidade.
“Mas os seus não o receberam” (Jo 1,11). O Deus dialogável, que agora pode ser visto e tocado, espera acolhida. São Francisco criou o presépio para demonstrar essa proximidade de Deus, na ternura de criança. Ele veio como criança para quebrar a soberba do homem. Quebrando a soberba e a prepotência, o amor germinará, crescerá, vingará.
O Natal quer dar-nos a alegria de que Deus está próximo de nós e que o Verbo encarnado trouxe-nos a grande mensagem de Deus de fraternidade, humildade, novidade, e amor sem limites.
Que os nossos olhos sejam abertos pelo mistério do dia de Natal para podermos ver a proximidade de nosso Deus. O Natal, festa da luz, nos ensina a sermos portadores daquela mesma luz que brilhou na gruta de Belém. Fazê-la brilhar, rebrilhar no mundo dos pobres, dos pequenos, dos marginalizados, para iluminar os seus caminhos. Que venha vossa luz, Senhor.
Frei Mauro Aristides Strabeli
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