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CIDADE & REGIÃO

22/06/2014

Consórcio inicia recuperação de nascente do Lajeado

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Em meio ao mato é possível ver água brotando da terra na nascente do Ribeirão Lajeado

DA REPORTAGEM

É comum no dia a dia em Penápolis uma pessoa abrir a torneira de sua casa e ver correr água limpa e em abundância. Isso acontece por conta do trabalho desenvolvido pelo Departamento de Água e Esgoto de Penápolis (Daep) que vai desde a captação de água no Ribeirão Lajeado, o tratamento e até a distribuição para residências, comércio e indústrias. Mas o que poucos se conscientizam é que para haver eficiência na distribuição de água é necessário um trabalho de preservação do Ribeirão Lajeado, única fonte atual para a população. Nos últimos meses, muito tem sido divulgado sobre a falta de água para abastecimento das milhões de residências, principalmente na região metropolitana de São Paulo, pois os níveis de reservatórios estão cada vez mais baixos. Penápolis tem sido uma exceção, já que a fonte de abastecimento não tem tido queda em seu nível, despreocupando as autoridades responsáveis. Para que o Ribeirão Lajeado permaneça com bons níveis de água um trabalho tem sido desenvolvido em sua nascente pelo Consórcio Intermunicipal Ribeirão Lajeado, composto por Penápolis, Alto Alegre e Barbosa, cidades por onde passa o Ribeirão e responsáveis por sua conservação. 
O Lajeado nasce na divisa de Penápolis e Alto Alegre. Com extensão de 38,5km (5% Alto Alegre, 15% Barbosa e 80% Penápolis) ele deságua na barragem da usina hidroelétrica de Nova Avanhandava, no rio Tietê, entre Penápolis e Barbosa. Segundo o atual coordenador do Consórcio, Hugo Tadeu Montanari Crepaldi, a conservação da nascente é fundamental para a sobrevivência do rio. “É onde tudo começa, ele depende desta nascente e nós dependemos dela para que a cidade seja abastecida com água, por isso acho fundamental sua conservação para evitar problemas futuros”, comentou. Somente há algumas semanas a nascente tem recebido o devido cuidado, pois o que se via no local era uma grande quantidade de mato e vegetação invasora sobre a água. O assoreamento da nascente também era visível, porque com as chuvas, uma grande quantidade de terra estava descendo para o rio, e começava a prejudicar o caminho percorrido pela água. 
De acordo com aposentado Antônio Dionísio Andrade, proprietário do sítio onde está localizada a nascente, há pelo menos um ano e meio ela não recebia trabalhos de preservação do solo, capinagem e limpeza do espaço. 
“A nascente é cercada por alambrado, mas já fazia um bom tempo que não havia limpeza no local, era tudo mato no espaço, o que me preocupava, por ser tão importante e não estava tendo os devidos cuidados”, disse.  Sua preocupação com a nascente em sua propriedade é tanta que Dionísio cedeu na semana passada um pedaço de suas terras ao redor dela para o plantio de mudas nativas para a conservação do solo, assinando uma Carta de Anuência com o Consórcio. 

Recuperação
Desde que assumiu a coordenadoria do Consórcio Ribeirão Lajeado, Hugo tem realizado trabalhos para a recuperação da nascente. “Quando entrei, quis saber mais e fiquei desapontado com o que vi, pois não condizia com o que sempre ouvimos falar”, comentou. Entre os trabalhos está o corte manual da vegetação invasora sobre a água para que a mesmo possa fluir da melhor forma. O conserto do alambrado também está sendo feito, já que uma parte havia quebrado com o desbarrancamento de uma área do rio devido à erosão, além do plantio de grama ao redor da nascente a fim de evitar novos deslizamentos de terra. Cerca de três mil mudas de árvores nativas serão plantadas em breve ao redor da nascente. Para o chefe de serviço, Luiz Parladori, algo importante para o aumento da vazão de água. “A vegetação é fundamental para o cuidado da nascente. O plantio destas mudas protege a área ao redor e garante maior volume de água, já que evita erosões, além do cuidado necessário com vegetações invasoras sobre a água, que também prejudicam o rio”, explicou. Também estão sendo feitas curvas de níveis e melhorias na estrada próxima à nascente, evitando que a água da chuva leve terra para dentro do rio. A conservação te sido feita em pareceria com a Prefeitura de Alto Alegre através da prefeita Helena Berto, que esteve presente e elogiou o a iniciativa. “Fazia tempo que uma limpeza como esta não era realizada. Fico feliz em poder contribuir e saber que uma nascente tão importante está sendo recuperada, garantindo a vida deste rio, por isso somos grandes parceiros com os cuidados do Ribeirão Lajeado”, disse. 

Educação Ambiental
Com a recuperação da nascente do Lajeado, quem também ganha são as crianças participantes do Programa de Educação Ambiental, que oferece visitação para crianças de escolas, aos centros de captação e tratamento de água e ao Centro de Tratamento de Resíduos do Daep. “Com esta limpeza e recuperação que está sendo feita as crianças também poderão visitar a nascente e ver onde tudo começa, o que não era possível por causa da grande quantidade de mato. Isso nos deixa feliz, pois também faz parte da educação ambiental, cativando as crianças para a conservação da água”, ressaltou Hugo. Um projeto em andamento ofertará ainda um espaço para que as crianças possam saber mais sobre a nascente do rio e até lanchar às margens do Lajeado. “Estamos em negociação sobre um casa próxima ao local que poderá servir como ponto de apoio, oferecendo um espaço para lanche das crianças e suporte para que possam aprender mais sobre a nascente e a água”, explicou. “Todo este trabalho só é possível graças ao apoio recebido das pessoas e ao esforço de nossos funcionários, que se dedicam para que nosso Ribeirão Lajeado tenha vida. A valorização de cada colaborador é fundamental para que o trabalho seja feito com amor e dedicação, pois eles estão cuidando de uma fonte de água que abastece toda nossa Penápolis”, finalizou.

(Rafael Machi)

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