Aniversário: Diário de Penápolis completa 17 anos hoje

Há exatos 17 anos a população penapolense conhecia o primeiro exemplar do “O Jornal da Comarca de Penápolis”, nome fantasia que antecedeu ao “Diário de Penápolis”. No dia 20 de outubro de 1989 circulava o exemplar de número zero, dando início a caminhada da empresa. Chegamos hoje a edição de número 4.985, conscientes de que, durante este período o leitor teve através de matérias jornalísticas, contado o dia-a-dia da cidade. A região, estado, país e o mundo também mereceram destaque por intermédio das milhares de reportagens publicadas.

Fundado por José Marcelino Bezerra Filho e Edson João Geraissate, a princípio a empresa funcionou em prédio localizado na marginal Maria Chica, próximo da via de acesso sargento Luciano Arnaldo Covolan, local onde ficou instalado por um curto período de tempo, até ser transferido para o atual endereço, na rua Altino Vaz de Mello, 356, centro.

A direção da empresa foi alterada e em 1991 assumiu o comando o empresário do ramo gráfico e professor aposentado, Valentin Senatore. Em 1993, o jornalista Arci Lourenço de Almeida, através de sociedade, passou a ser, ao lado de Valentin, proprietário do matutino. Somente em 1996, o restante de cotas, que pertenciam a Valentin, foram adquiridas pelos atuais diretores, os jornalistas Arci Lourenço de Almeida e Tânia Regina Pinheiro de Almeida.

Número zero

Em sua primeira edição o então “O Jornal da Comarca de Penápolis” trouxe um editorial de primeira página, onde os responsáveis se apresentaram para a população, enquanto firmavam compromisso quanto a função do recém-criado órgão de informação. Este exemplar criticava ainda a Telesp pelo aumento do custo de telefonia na cidade. O jornal cobrava dos governantes o início da duplicação da Rodovia Marechal Rondon. Como a cidade já tinha em circulação outro jornal diário, o “Interior”, os diretores lembravam que “estavam chegando para somar”. Seguindo o mercado da época, o jornal era produzido por gráfica própria. As matérias, após serem produzidas pelos repórteres eram revisadas e passadas ao linotipista (função já extinta), que através de equipamento produzia cada linha da matéria fundida em chumbo. Caberia, em função posterior, ao paginador montar a página, utilizando os ‘tipos’ somente para os títulos. As manchetes normalmente recebiam tipos garrafais em tamanho maior e tinham por função chamar a atenção do leitor. Como as fotos eram publicadas somente após a confecção de clichês em outras cidades, os textos raramente eram ilustrados com fotos.

O passo seguinte, como ocorre atualmente, era do material chegar até o impressor e, finalmente, já impresso, ser distribuído pela equipe de jornaleiros.

Diário de Penápolis

Dois fatos alteraram a história do jornal no dia 02 de abril de 1995. Neste dia o então “O Jornal da Comarca de Penápolis” deu lugar ao “Diário de Penápolis”. O exemplar de número 1.548 marcou história por outro fato importante. Pela primeira vez era impresso um jornal diário em Penápolis no sistema off-set, moderno e atual, e que é utilizado atualmente.

A partir de então, os antigos problemas encontrados diariamente, como a falta de fotografias para ilustrar as reportagens, praticamente deixaram de existir. Paralelamente as lojas especializadas em fotografias também passaram a revelar na própria cidade o que agilizou e dinamizou o trabalho jornalístico. Até então, no sistema gráfico da década de 80 as fotos tinham que, na maioria das vezes, serem reveladas fora de cidade, o mesmo ocorrendo com a produção dos clichês. O surgimento das máquinas fotográficas digitais auxiliou ainda mais neste dinamismo, além de abrir um leque infinito de possibilidades em trabalhar e tratar as imagens publicadas nas edições. Um editorial de primeira página, produzido pelo diretor do jornal, explicava a mudança de nome fantasia da empresa. “A partir de hoje o Jornal da Comarca de Penápolis” se transforma no Diário de Penápolis”, um jornal com visual moderno, agradável e mais abrangente”, dizia o editorial, lembrando ainda que a partir de então o material produzido, além do local, contaria ainda com o enriquecimento do noticiário da Agência Estado, com noticias nacionais e internacionais que simultaneamente eram publicadas nos principais jornais do país. Apesar da alegria com a mudança, a manchete daquele dia trouxe a notícia da morte de Aziz Sayeg, que havia falecido em Rio Preto.

Dupla edição

Vários fatos ficaram marcados durante estes anos, mas alguns merecem destaque. No dia 01 de julho de 2002 circularam dois exemplares distintos do Diário de Penápolis. O dia era especial, já que o Brasil tornava-se pentacampeão mundial de futebol. Pela manhã os assinantes receberam o exemplar comum tendo como manchete a final que o Brasil disputaria contra a Alemanha. Enquanto a população vibrava com os gols da seleção, a equipe de repórteres produzia as matérias, inclusive com as fotos da euforia que tomou conta dos torcedores pelas ruas da cidade. O jogo terminou por volta das 11h00 e, ao final da tarde os eleitores eram contemplados com o noticiário atualizado da edição extra.

Outro fato que ficou marcado ocorreu no dia 06 de junho de 1998, quando o então prefeito municipal, Benone Soares de Queiroz falecia no início da noite. Como o jornal que circulou no dia seguinte já estava pronto e a impressão iniciada, a equipe de funcionários entrou noite adentro com o trabalho ininterrupto na produção de um jornal em formato tablóide, que foi encartado junto à edição normal.

Recentemente a direção da empresa introduziu por dois dias semanais a capa da edição colorida, tendência que poderá ser estendida pelos demais dias da semana. (SRF)