“Derramamento” de santinhos terá maior fiscalização

DA REPORTAGEM

A Justiça Eleitoral estará de olho neste fim de semana no chamado “derramamento de santinhos”; aquela prática que se tornou comum entre candidatos de espalharem centenas de seus materiais de propaganda próximos dos locais de votação a fim de chamar a atenção de algum eleitor que ainda esteja em dúvida quanto ao voto. Apesar de comum, a prática é proibida por lei.
Além de causar grande incômodo às pessoas que moram próximas destes lugares, o chefe de cartório da 87ª Zona Eleitoral de Penápolis, Samuel da Silva Pereira, explicou que os santinhos jogados na rua podem causar problemas aos eleitores, como quedas e, consequentemente, lesões. “O problema é que a quantidade de santinhos jogados nas ruas é muito grande, muitas vezes formando uma espécie de tapete no chão. A pessoa quando pisa ali, corre grandes risco de escorregar e cair ao solo, sofrendo ferimentos. Por isso, esta prática, além de sujar a cidade, pode ser perigosa”, comentou.
Normalmente, pessoas a mando de candidatos, ou até mesmo os próprios postulantes, saem durante a noite para realizar o “derramamento”. Sabendo que se trata de crime eleitoral, o ato é feito de forma escondida durante a madrugada. “A fiscalização será feita de forma mais intensa, inclusive na madrugada. Caso alguém seja flagrado com materiais de campanha, em grande quantidade ou, até mesmo, derramado estes santinhos próximo dos locais de votação, ele e a coligação poderão responder criminalmente”, afirmou o chefe do cartório.
A multa para este tipo de ação é de R$ 2 mil a R$ 5 mil. A fiscalização também poderá ocorrer durante o dia da votação. “Caso nossa fiscalização encontre grande quantidade de santinhos de um candidato em um mesmo local, caracterizando o derramamento, este material poderá ser apreendido e encaminhado à Promotoria para a averiguação do mesmo. Por isso ressaltamos que é importante que os candidatos estejam atentos a esta prática, considerada crime eleitoral”, finalizou.

(Rafael Machi)