Santos e Vitória duelam por título inédito

Imagine atravessar 111 anos de história no futebol sem uma conquista nacional sequer. Esse é o caso do Vitória, que enfrenta o Santos, nesta quarta-feira, às 21h50, no Barradão, pela decisão da Copa do Brasil. Para quebrar o estigma centenário, a equipe que representa o clube baiano precisa almejar vôos maiores, assim como fizeram seus idealizadores. O Vitória foi fundado em 13 de maio de 1899, pelos irmãos Arthur e Arthêmio Valente, junto com mais 17 amigos. Apaixonados pelo críquete, os jovens baianos se cansaram da discriminação que sofriam por parte dos imigrantes ingleses (que permitiam aos brasileiros somente repôr as bolas em campo) e decidiram fundar sua própria agremiação. Desde então, mais de 100 anos se passaram e o clube, agora com o futebol como seu principal esporte, continua sem um grande título. Com as bolas nos pés, as maiores chances foram em 1993 (derrota na final para o Palmeiras) e em 1999, ano do centenário, quando ficou em terceiro lugar, ambas pelo Campeonato Brasileiro. A nova oportunidade será nesta quarta, contra o Santos, pela Copa do Brasil, competição da qual o Vitória é um dos maiores participantes, com 20 presenças no total, ficando somente atrás do Atlético/MG (21). Para sagrar-se campeão, precisa vencer por pelos menos três gols de diferença, para garantir o resultado dentro do tempo normal. Em caso de vitória por 2 a 0, a decisão irá para os pênaltis. Qualquer outro resultado dá a vitória ao time paulista. O Santos tem a sua partida mais importante do ano. Além da possível conquista do título inédito da Copa do Brasil, o troféu de campeão já garante uma vaga na Taça Libertadores de 2011. A classificação para o torneio continental influencia diretamente na permanência dos principais jogadores no clube, como Neymar e Paulo Henrique, e também nas receitas do Alvinegro para a próxima temporada. Por isso, o Peixe vai com tudo para defender a vantagem obtida na primeira final, em que bateu o Vitória, por 2 a 0, na Vila Belmiro.

Times
VITÓRIA: Viáfara, Nino (Gabriel), Anderson Martins, Wallace, Egídio, Neto, Bida, Fernando (Renato), Ramon, Elkeson, Schwenck (Júnior). Técnico: Ricardo Silva.
SANTOS: Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval, Alex Sandro (Léo), Arouca, Wesley, Marquinhos (André), Paulo Henrique Ganso, Neymar e Robinho. Técnico: Dorival Júnior