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20/12/2015

Memórias do Carboni: TIÃO BANHA

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

Se chamava Sebastião Pereira de Castro. Não era jogador, mas, acompanhou nossa equipe por muitos anos, inclusive, fez parte da delegação quando fomos jogar de trem na cidade de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso, em 1977. Ele usava uma espécie de brilhantina ou algo parecido, que assentava seu cabelo tão bem, que nem o mais forte vento conseguia desmanchar. Quando íamos jogar de caminhão, enquanto todos os jogadores e torcedores tinham seus cabelos embaralhados e esvoaçados, na cabeça dele nem um fio se movia do lugar. E não era gel não, pois naquela época esse ingrediente não estava na moda. O Bijú, mais que depressa começou a chamá-lo de Banha, dizendo que ele passava banha no cabelo, e, esse apelido ficou. Um dia ele comprou uma bicicleta nova e acompanhava um grupo de colegas que promovia passeios ciclísticos pelas redondezas da cidade e até para municípios mais próximos. Só que ele tinha um costume incomum. Naquela época existiam muitos “mata-burros” nas estradas e quando cruzava com um Banha parava e atravessava o obstáculo carregando seu veículo nas costas. Quando aparecia uma poça d’água, o procedimento era igual. Ele molhava os pés, mas, a bicicleta ficava sã, salva e seca em suas mãos. Em outra ocasião nós estávamos reunidos no Bar do Romualdo, que era nosso ponto de encontro, quando o Tião Banha chegou e quis vencer um paletó. Em tom de brincadeira eu disse a ele para não vender, pois um dia poderia precisar quando se casasse (ele era solteiro) ou então quando morresse. Ele sorriu, desistiu da venda e foi embora. Dentro de uma semana, lá estava o Tião Banha dentro de um caixão funerário, usando o mesmo paletó que tentava vender. Foi atropelado e morto por um caminhão carregado de terra, em uma ponte provisória sobre o córrego Maria Chica, enquanto uma ponte definitiva estava sendo construída na rua Giácomo Paro. Era o dia 10 de janeiro de 1981 e ele tinha 31 anos. A foto que ilustra essa coluna mostra parte da turma se refrescando em um riacho em Ribas do Rio Pardo, enquanto aguardava a hora do jogo.  

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