Matando saudades ...

Seu verdadeiro nome era Sidnei de Castro Souza e ganhou o apelido de Biju por que seu pai vendia um doce semelhante a uma casquinha de sorvete e que hoje nem existe mais, chamado justamente de biju. Jogos durante muitos anos pelo Fátima Futebol Clube, em várias posições, quando o campo ainda era ao lado do Curtume Atlântica. Também gostava de apitar jogos. Na maioria das vezes era ele quem dava apelido aos recém-chegados. Gostava de caminhadas e acampar no mato. Também não dispensava uma bicicleta e foi com este veículo que Mario Carboni, Biju e mais dois colegas fizeram duas viagens até a cidade de Aparecida do Norte. Mesmo depois de ter parado de jogar continuou acompanhando o time em jogos amistosos e campeonatos. Atuava como massagista, vestido a caráter, com roupa e sapatos brancos. Acordava muito cedo e as vezes acontecia de ficar dormitando no banco de reservas durante os jogos. Quando precisavam de seus serviços, alguém o sacudia, ocasião em que ele saia correndo com sua maleta de remédios para acudir o necessitado. Num certo domingo, o Fátima enfrentava a equipe do Del Rey no Centro de Lazer do Trabalhador, quando aconteceu uma trombada entre dois jogadores, caindo um para cada lado. Depois de acordar, através de uma cutucada, Biju saiu correndo e atendeu o jogador adversário, deixando o do Fátima de lado. Felizmente o caso não era grave e o atleta do Fátima logo se levantou. A torcida e os demais jogadores ficaram indignados com aquilo e ao ser questionado sobre porque tem atendido o jogador adversário e não o do seu time, ele respondeu: “Ele estava mais perto”. Biju morreu aos 51 anos de traumatismo craniano, devido a uma queda. Colaboração: Mário Carboni.