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03/09/2023

Estudo aponta que 41% dos profissionais negros do futebol dizem ter sofrido racismo

Um estudo comandado pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol em parceria com a CBF e a Nike aponta que 41% dos negros que trabalham nas duas principais divisões do Campeonato Brasileiro já sofreram racismo. A pesquisa foi divulgada quinta-feira (31), e consultou 508 profissionais, entre atletas, comissão técnica, membros do staff dos clubes e arbitragem. 
São pessoas que trabalham nos clubes da Séries A e B do Brasileirão Masculino e A-1 e A-2 do Campeonato Feminino. Durante a pesquisa, os participantes relataram a experiência em relação a questões sobre raça, religião, orientação sexual e origem. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, comentou sobre a pesquisa e afirmou ser uma das medidas no combate diário ao racismo. 
Os números de ataques oriundos de torcidas em estádios (53,9%) e redes sociais (31%) mostram que é urgente campanhas educativas e mais rigor nas punições. Além disso, 11,4% dos participantes afirmaram ter sofrido casos dentro de centros de treinamentos e concentrações, o que evidencia que o problema está longe de se restringir às ocasiões mostradas pelas telas que cobrem os jogos de futebol. 
Outro ponto importante do estudo é sobre uma questão religiosa. Aproximadamente 4,2% dos entrevistados declararam não ter religião específica, enquanto 5% se identificaram com candomblé e umbanda. O levantamento então destacou uma estatística preocupante: apenas 2,75% dos praticantes dessas religiões de origem de matriz africana sentem que suas crenças são respeitadas no contexto do futebol.
Outro ponto, os resultados também destacam os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIA+ no futebol. Apenas 1% dos homens entrevistados se declararam homossexuais ou bissexuais, contrastando fortemente com as estimativas nacionais e internacionais que sugerem uma representação de 8,5% na população brasileira. Esse dado revela a importância de avaliar o impacto do medo de represálias, perda de contratos e falta de oportunidades, sobre a autenticidade das respostas.
Neste sentido, o levantamento mostra que 61% dos casos de homofobia relatados são diretamente cometidos pela torcida. Desses casos, 36% ocorreu por parte da torcida adversária e 25% por parte da própria torcida. O relatório identificou que 21,06% dos participantes relataram ter sofrido xenofobia, no entanto, apenas 3% decidiram denunciar tal comportamento. 
Considerando o número total de participantes, 28% são mulheres. Desse número, 57% são atletas e 35% ocupam cargos como técnicas, assistentes, dirigentes, assessoria e equipe médica, também do futebol feminino. Apenas 8% delas atuam no futebol masculino, sobretudo nas áreas de comunicação e saúde. Em contrapartida, 18% dos homens trabalham nas divisões do Brasileirão Feminino em cargos diversos. Essa proporção deixa claro que quase metade - exatamente 45% - das pessoas que atuam nas Séries A1 e A2 do campeonato feminino são homens.

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