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18/06/2017
CANTINHO DA SAUDADE
Memórias do Carboni: Jogo em Ribas do Rio Pardo
O dia 13 de fevereiro de 1977 foi muito especial na história da equipe do Fátima Futebol Clube. Foi um domingo em que a equipe fez seu primeiro jogo interestadual, indo jogar na cidade de Ribas do Rio Pardo, no Estado de Mato Grosso do Sul. Algum tempo antes desse jogo a equipe tinha ido jogar na cidade de Guararapes de trem e na volta conhecemos um rapaz que disse ser colega do presidente do time de Ribas e ia nos mandar um convite, o que realmente aconteceu poucos dias depois. Naquela época era fácil viajar de trem, pois havia dois horários para Mato Grosso, às 09h30 e às 19h15, e, foi nesse último horário que a equipe embarcou naquele sábado de carnaval, dia 12. A viagem transcorreu tranquila e chegamos a nosso destino às 05h30 da manhã seguinte. Devido ao horário, a cidade estava quieta e adormecida. Como tínhamos levado alguns tambores e caixas de repique, alguns jogadores começaram a fazer barulho, avisando da nossa chegada. Estava calor, então fomos tomar banho em um riacho ali perto, quando apareceram algumas pessoas, entre as quais o presidente do time local, que conduziu nossa delegação até uma escola, onde ficamos até a hora do almoço. O Tião Banha só pensava em comida e ficou o tempo todo atrás do presidente e só sossegou quando foi anunciado que o almoço já estava pronto. E falando em almoço, antes e durante o mesmo foi eliminado o mito ou superstição já bem antiga que dizia que comer pepino ao mesmo tempo que beber umas biritas podia ocasionar uma intoxicação, já que todo mundo comeu pedaços de pepino, enquanto dava boas goladas de caipirinha, e, ninguém passou mal. Ninguém pode reclamar do cardápio, pois todo mundo comeu e bebeu refrigerante à vontade. Depois de um bom tempo dedicado a digestão, nos dirigimos ao campo que era gramado, mas sem alambrado. De repente apareceram o Tarzã e o Miro Treme-Treme um tanto quanto assustados porque tinham levado um carreirão da molecada local que não tinha gostado nem um pouco de verem os dois fazendo barulho com os instrumentos que tínhamos levado, ali pelas ruas da redondeza. O jogo foi duro e pesado, mas sem ser violento. Nós não tínhamos reserva e por azar, Canela se machucou e nos desfalcou, mas aguentamos o tranco mesmo assim. Os dois juízes que atuaram na partida (um em cada tempo) não tiveram dó e deram uma boa ajuda aos donos-da-casa validando dois gols impedidos e não marcando pelo menos dois pênaltis a nosso favor. Com todos esses percalços não podia mesmo dar outro resultado que não fosse nossa derrota por goleada: 6 a 0. A torcida nos tratou bem e após a partida voltamos à escola para trocar de roupa e jantar. Ainda bem que começou a chover e todos aproveitaram para tomar banho na água que caía do telhado, pois na escola não havia chuveiros. O jantar foi farto e todos comeram a vontade e ainda recebemos Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) para ajudar nas despesas da viagem. Embarcamos às 21h30 e depois de 12 horas de viagem chegamos a Penápolis. O time formou com Tigrão, Abobrinha, Marião, Zequinha, Frajola, Paturi, Claudinho, Canela, Ribinha, Cassinho e Esquerdinha. Como torcedores foram Jovino, Cirssão, Tião Banha, Miro Treme-Treme, Tarzã e João 18. As fotos mostram dois momentos de descontração da equipe.
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