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14/01/2018

CANTINHO DA SAUDADE

Imagem/Arquivo Pessoal
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Memórias do Carboni: Mania de guardar coisas

Dizem que pessoas idosas tem mania de guardar bugigangas em casa. É pedaço de arame, arruelas, porcas, parafusos e até pregos enferrujados e tortos. Esse procedimento não foi adquirido por algum tipo de mania e sim pela necessidade. Quando essas pessoas eram novas, a população era majoritariamente rural e não se tinha a facilidade de adquirir esses materiais como se tem hoje. Era difícil vir à cidade apenas para comprar meia dúzia de pregos ou um pedaço de arame e por isso, qualquer material encontrado ou que sobrava de outra construção era cuidadosamente guardado. Além do mais, o dinheiro era curto e as coisas caras. Não se passava fome, mas, o dinheiro em espécie é que era bem raro. Com o fim da diversidade das culturas e o avanço da monocultura da cana-de-açúcar, aconteceu o desmantelamento das fazendas e suas colônias, ocasionando uma migração em massa de seus moradores para as cidades, que com isso cresceram e incharam. Esses migrantes não trouxeram apenas roupas e móveis, mas, também a mania de guardar coisas usadas, apesar de a indústria siderúrgica e metalúrgica brasileira terem se desenvolvido, possibilitando a compra de qualquer quantidade de prego, parafuso, arame e produtos afins. Com o tempo e o suceder das gerações e a facilidade de adquirir as coisas, esse costume foi diminuindo. Diminuiu, mas, não acabou por completo, pois em praticamente todas as casas é possível encontrar duas coisas infalíveis. A primeira é um potinho de vidro com os objetos e peças já mencionados e que pode ser guardado por vários anos, mas que de uma hora para outra sua utilidade se faz presente e ele se torna um verdadeiro “quebra galho”, te fornecendo algo ali na hora e você não precisa dispender tempo e dinheiro indo até a loja para comprar. A segunda coisa que pode ser encontrada em todos os lares é uma caixa de sapatos com remédios de vários tipos, nomes e usos para várias doenças. E não é só remédio novo não, havendo vidros, ampolas com sobra de remédios com o prazo de validade há muito tempo vencido, embalagens vazias ou pela metade. O potinho de vidro com ferragens tem lá sua utilidade e razão de ser guardado, mas a caixa de remédios com validade vencida é um verdadeiro veneno e nesse caso sim, sua conservação não passa de uma mania, porque ninguém em sã consciência vai ficar tomando remédio velho e muito menos ficar oferecendo-os a outras pessoas. 

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