CANTINHO DA SAUDADE

Memórias do Carboni: O sapo

Dias desses encontrei o Sapo. Já havia decorrido, salvo engano, vários anos sem nos encontrarmos.
Antigamente, esse encontro era frequente, seja nas ruas ou a beira das casas. 
Quando não era possível vê-lo, pelo menos podíamos ouvi-lo cantar nos brejos. 
A tradição humana afirmava que era para chamar chuva, mas dependendo da época do ano, o safado queria era namorar. 
Era feio de doer, com a boca grande, olhos esbugalhados e tinha dificuldade de andar, ora dando saltos ou corria, mas sempre tinha uma sapa sensibilizada com sua serenata ou “cantada”.
Eu escrevi safado no bom sentido, pois na verdade ele era muito útil.
Há muitos anos atrás, os quintais das casas eram grandes, cheios de frutíferas e hortas e as chuvas regulares e a quantidade de insetos era grande, então o sapo era extremamente útil para controlar essa população, já que os insetos eram uma iguaria para ele. 
Como os quintais eram cercados por [...]