06/01/2015

VIRADA DE ANO
Quando chega a ‘Virada do Ano’ as recordações do passado invadem meu ser. Na virada dos anos da década de 1950, meu querido avô Bernardo, tomava uma jardineira que passava as 8:00 horas vinda do Bairro do Matão com destino a cidade de Penápolis. Por volta das 17:00 horas a mesma jardineira saia de Penápolis com destino ao Bairro do Matão onde meu avô desembarcava no Bairro Araponga, onde morava, trazendo os brinquedos que iria agraciar seus netos, entre seus netos estava eu. Além dos brinquedos ele trazia na bagagem vários quilos de castanha do Pará, e no entardecer da véspera do Ano Novo ele convidava todos os netos para que o acompanhasse até o terreiro de cimento para jogar para o alto todas as castanhas. Com o atrito com o cimento as castanhas saltavam e dificultava para que nós os netos as recolhessem pelo qual esse era o objetivo da brincadeira, pois meu avô queria descobrir qual de seus netos teria mais habilidade para juntar mais castanhas, e aquele que conseguisse juntar mais castanhas receberia um brinde especial. Todos os anos quando chega a virada do ano vem em meus pensamentos daqueles doces momentos que vivemos em nossa vida que não sabemos por que quando os bons momentos ocorrem talvez nos falta sensibilidade para que pudêssemos entender  o verdadeiro valor das boas coisas da vida. Presumo que esse seja um dos motivos que ouvimos tantas pessoas dizerem: “Eu era feliz e não sabia”.  

Virgílio Melhado Passoni, Jandaia do Sul/PR, por e-mail