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CARTA DO LEITOR

26/06/2013

Brasil - Um país de todos.
Penápolis - Uma cidade de quem chega primeiro.

 

Em tempos de protestos, passeatas e manifestações, quero também registrar a minha indignação. Vivo em uma cidade onde o incentivo a cultura é escasso, se é que existe algum. Um dos poucos divertimentos que existem por aqui é o cinema, onde também, às vezes, mas muito de vez em quando, acontece uma ou outra peça de teatro. Digo acontece, porque quando tem, é o acontecimento do ano. E, claro, uma cidade em que não existe cultura, também não existe estrutura para qual. O dia 22 de junho (sábado passado), seria o segundo acontecimento do ano. Uma peça que estou esperando chegar à Penápolis há alguns meses, assim que soube que, por milagre divino, passaria por aqui. ‘O Deus da Carnificina’, cheia de atores consagrados e com um enredo excelente, promovida pelo SESC-SP. Oba! Chegou o grande dia. Os ingressos seriam distribuídos a partir das 18 horas. Quando cheguei à fila, imensa, por sinal, me informaram que estavam entregando dois ingressos por pessoa. Fiquei feliz, pois fui pegar o meu e o da minha mulher, que me aguardava em casa para irmos à peça. Os portões se abriram e muitas pessoas, que estavam na minha frente, pegaram seus pares de ingressos. Até chegar a minha vez. Quando passaram a entregar apenas um por pessoa, com a desculpa que estavam acabando os ingressos. Uau! Que organização invejável! Digna de primeiro mundo. Digna de um país que pensa que quer crescer. Digna de um país justo. Digna de pena. A questão não é distribuírem um ingresso por pessoa. A questão é: porque começam a distribuir dois e, depois, passam a distribuir somente um. Ou todo mundo ganha dois, ou todo mundo ganha um só. Confesso que me senti injustiçado. E acredito que não só eu, mas dezenas, quem sabe centenas, de pessoas que estavam atrás de mim na fila. Todos pedem justiça para colocar políticos e bandidos na cadeia, mas não param para pensar que existem outros tipos de injustiça acontecem o tempo inteiro no nosso dia-a-dia, muitas vezes, feitas por nós mesmos: o povo. Queremos que o Brasil mude de cima para baixo, quando ele precisa ser mudado de baixo para cima. Acredito que este desabafo não mudará muito o governo da minha pequena cidade, que como as coisas andam, continuará sendo pequena por bastante tempo. Muito menos a cabeça das pessoas. Mas pelo menos tentei.

Luiz Guilherme Carvalho Pinto, Penápolis/SP, por e-mail

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