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CARTA DO LEITOR

25/05/2012

PARQUE INDUSTRIAL NA RODOVIA RONDON

Com todo respeito ao ex-prefeito Edson João Geraissate pela sua experiência política e empresarial, discordo da sua opinião na carta que enviou ao Diário, cobrando do atual Prefeito a obrigação de doar terrenos para que empresas se instalem no sonhado Parque Industrial próximo à Rodovia Rondon. Mudei de Penápolis em 1976 e fui para a linda e desenvolvida cidade de Jundiaí, onde morei vinte anos. Na época, Jundiaí já era uma cidade industrializada, com mais de 180 mil habitantes (hoje com 350 mil). Penso que a crítica e cobrança do vereador Luis Antonio Alves de Oliveira sobre a estruturação de um Parque Industrial e doações de terrenos pela Prefeitura e pelo prefeito João Luis a grupos privados, não passa de retórica política em ano eleitoral. Que prefeito não quer grandes empresas na cidade proporcionando bons empregos? Que não quer a melhoria do índice de participação do seu município na arrecadação do Estado e da União? Será que o João Luis não quer boas empresas e empregos para Penápolis? Será que basta somente doar terreno? Na minha experiência de 28 anos na Auditoria Fiscal, agora na Receita Federal do Brasil, contador, pós-graduado em Ciências Contábeis e Econômicas, além da militância política, discípulo de Alberto de Souza Nobre e aluno de Emilia Aniceto Rossi, após 63 anos de vida não acredito mais em discursos fáceis culpando prefeitos por não atrair empresas e criar empregos nas cidades. É claro que adoraria a minha querida Penápolis desenvolvida, com boas empresas e empregos. Afinal, a maioria dos meus familiares e amigos moram nesta linda cidade. No entanto me preocupa o desenvolvimento sem a proteção do meio ambiente. Lamento o forte desmatamento nos últimos anos e o êxodo rural, com pessoas expulsas da zona rural pela monocultura da cana-de-açúcar. Temo as instalações de indústrias poluidoras na cidade. Quando a Incopa foi criada, uma das grandes preocupações das pessoas mais conscientes era a poluição do córrego Maria Chica. Cada vez que passo pela Rondon em Lins, não suporto o odor desagradável do Frigorífico do Grupo JBS, antes Bertin. É preciso exigir que a empresa invista na modernização das estações de tratamento dos dejetos industriais para que não se polua os afluentes; utilização da biomassa como fonte de geração de energia para a cidade e vai por ai afora. Vir a Penápolis recebendo ajuda para poluir nosso solo, nossos rios e riachos é inaceitável. Jundiaí, hoje, tem um Plano Diretor e Código de Posturas rígidos quanto à proteção ao meio ambiente. A Serra do Japi, a única floresta tropical do mundo sobre um solo de quartzo é muito bem protegida. Tenho que ser honesto na avaliação do governo João Luis, que critiquei muito até dois anos atrás. Apesar da crise econômica e social proporcionada pela Usina Campestre, o João soube administrar a cidade evitando grandes crises de desemprego e caos nos serviços públicos. De origem humilde foi, e continua sendo, um dos prefeitos que mais investiu na área social, principalmente na saúde pública e na Santa Casa. Num dos programas exibidos pela Star News-Canal 23 homenageando o acesso do CAP à 1ª Divisão, o Célio de Oliveira, por motivos óbvios, agradeceu um bocado de gente, principalmente ex-políticos, e esqueceu o João Luis que, a meu ver, foi um dos maiores responsáveis por esta maravilha, aplicando recursos na reforma do Tenentão. Penso que para que uma grande empresa se interesse pela nossa querida Penápolis, não basta o prefeito doar terreno. É preciso outros fatores, como por exemplo, mão de obra qualificada, proximidade do mercado consumidor dos seus produtos, facilidade de transportes, etc. As disputas entre as cidades por boas empresas tem sido acirradas. Assim, penso que não basta o vereador Luis Antonio Alves de Oliveira ir à tribuna da Câmara Municipal e jogar para o público eleitor culpando os prefeitos por não doarem terrenos a empresários e, portanto, não criarem empregos. Espero que o Roberto Torsiano seja eleito e, com a ajuda de Dilma Rousseff e do BNDES implante um importante Parque Industrial na nossa cidade, que não atendesse somente o interesse econômico, mas também o social e ambiental.

Por Walter Miranda, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, graduado e pós-graduado em Ciências Contábeis e Econômicas pela PUC/SP; pós-graduado em Gestão Pública e Gerência de Cidades pela UNESP

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