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CARTA DO LEITOR

28/09/2011

Villaje do passado..., Villaje do presente.

 

Há 33 anos, portanto em 1978, Penápolis era considerada uma cidade pacata. Poucos veículos transitavam pelas ruas, e seu perfil urbanístico era o de uma cidade bucólica. As famílias, em noites quentes sentavam-se diante das residências; cadeiras dispostas em círculo nas calçadas, onde os problemas familiares eram abordados em conversas descontraídas, quase sempre ali reunidos todos de casa. As amizades eram fáceis e duradouras, pois o povo, sempre ordeiro e trabalhador, tinha orgulho da sua Princesa da Noroeste. Dos poucos bairros que existiam, a Villa São João era a mais famosa, seguida das Vilas Fátima, América e Jardim Tókio, separados do centro da cidade pela estrada de ferro Noroeste do Brasil, que sempre foi um divisor urbanístico que contribuía para tornar mais lento o crescimento daquela região. Vila Martins, Santa Terezinha e Cidade Jardim despontavam como áreas residenciais, ainda divisando com propriedades rurais que cercavam pacificamente a cidade, assimilando seu crescimento natural e progressivo. Ali, no alto da cidade, na antiga Chácara Palestina, lançou-se o projeto de um loteamento condominial que receberia o nome de Parque Residencial Villaje. Fatos lembrados em matéria publicada pelo seu idealizador, Dr. Edson João Geraissate, são verdadeiros. O que se pretendeu foi uma inovação; um loteamento com terrenos maiores que os comuns, dotado de toda a infraestrutura e com uma ampla avenida terminando numa bela praça rotatória e com áreas verdes distribuídas pelo loteamento. Apesar de todo o empenho do Dr. Edson como idealizador e dos proprietários dos terrenos, o projeto não se viabilizou como era pretendido. O buraco negro dessa questão, lembro-me agora, ajudado pelo Dr. Ricardo Castilho, prefeito àquela época, eram divergências sobre o limite do perímetro urbano da cidade. Não cabe, agora, passado todo esse tempo, reviver a estória. Devemos atribuir esse episódio a, talvez, falta de visão futurista para antever que esse seria o caminho para a modernidade e a solução para inúmeros problemas de ordem pública. Penápolis, no passado, como tantas outra cidades, não tinha o índice de criminalidade de hoje. O que vale dizer que o combate ao crime, em grande parte originário do tráfico e uso de drogas, não oferece segurança à cidade e aos moradores, que a cada dia tornam-se mais prisioneiros de sistemas de proteção, permanecendo reclusos em seus lares, enquanto os marginais atuam protegidos até mesmo pela benevolência das leis brasileiras. A realidade, hoje, leva-nos a refletir melhor e mais profundamente os atos do passado. Como bem afirmou Dr. Edson, o Villaje era um passo para o futuro, e hoje sua transformação em condomínio fechado pode ser visto com maior naturalidade e como solução para os problemas que já incidem sobre aquele bairro. A polêmica sobre esse caso deve encerrar-se com a boa vontade do município em ser receptivo aos anseios dos proprietários que, como moradores, aspiram ter suas casas e suas famílias protegidas da marginalidade. O estudo jurídico sobre esse pleito dos moradores e da conveniência do município deve ser pautado pela legalidade. Portanto, questões sobre os investimentos que lá foram feitos e a contrapartida de impostos e taxas arrecadados ao longo desses 33 anos, além da garantia aos moradores dos bairros vizinhos do direito constitucional de ir e vir utilizando vias próprias de acesso, poderão permitir o ajustamento desse projeto de mudança, justificado plenamente pela existência de outros condomínios em implantação ou já implantados com sucesso em nossa cidade. Não devemos fechar os olhos para essa realidade: Penápolis está crescendo e precisa ajustar-se à modernidade. O Villaje do passado, poderá ser o Villaje do presente ao ver resgatado seu direito de ser igual aos demais condomínios que hoje são uma realidade necessária para suprir a ineficiência do Estado na proteção do cidadão.

Areonthe de Assumpção Rosa, ex-vereador, Penápolis/SP

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