09/07/2011

Nove de Julho: Traídos, ludibriados, vendidos. Mas não Vencidos

Nove de julho de 1932 foi um improviso. Era a alma em carne viva d’uma terra. Não houve preparo não havia balas nem fuzis. Havia, porém, coração e pundonor, anseios e deveres, músculos e consciências. Não se conspirou. Aspirou-se uma constituição, respirou-se a guerra. E nove de julho explodiu. São Paulo desde logo era uma porção de fé cercada de agressores por todos os lados. Uma ilha de heroísmo. Fomos abandonados á própria sorte. Em plena hediondez do seu cinismo, num próximo atingir da hora decisiva, eis que se trama, que se urde a CONSPIRAÇÃO DA PAZ. Sabe-se lá o que foi. Desmaio ou moeda, Calabar ou Judas Escariotes. O certo é que perderam nossa Vitória. Entregaram a nossa Terra. Mas a semente da democracia foi plantada e germinou.O vencedor teve vergonha da vitória. Vencidos, não! Nós não o fomos!

(*) Carlos Alberto Peres, Penápolis/SP