14/04/2011

O recapeamento asfáltico de nossas ruas 

No ultimo dia 7 os jornais de nossa cidade publicaram, em destaque, artigo da Prefeitura de Penápolis (SECOM) em que dava ciência á população que a Rua Irmãos Crisósthomo de Oliveira teria sua pavimentação recapeada, desde a Av. Eduardo de Castilho até a Av. Ruy Barbosa, ao custo de R$ 113.300,69 (cento e treze mil,trezentos reais em 69 centavos).

De fato. A pavimentação da rua estava necessitando de um reparo, pois o RECAPEAMENTO FEITO EM 2005 pela Secretaria de Obras do município, conforme informação do Secretário a mim feita, não durou nem 4 anos (pois a capa asfáltica estava destruída há mais de dois anos). Serviço de recapeamento asfáltico mal feito, assim como muitos outros que estão sendo executados pela Secretaria de Obras do Município, todos fáceis de serem verificados na Rua dos Faveiros, recapeada há menos de dois anos; em trechos das Ruas das Sibipirunas e das Quaresmeiras, na Villaje; na Rua Ceará; no entorno da Praça Renato Dias de Aguiar, enfim em toda malha urbana. O que está acontecendo é falta de capacitação do órgão incumbido de executar os serviços da pavimentação de nossa cidade. O problema tem causa em dois fatores: o primeiro é o preparo da massa asfáltica, que não deve estar sendo usinada de acordo com a prescrição da firma fornecedora da emulsão (X litros de emulsão + Y litros de pedra (pedra, pedrisco, pó de pedra), fator importantíssimo para que se tenha um material de primeira qualidade. Noticia repercutida em Sessão da Câmara Municipal é que o funcionário, que fazia a usinagem (mistura da massa asfáltica), não aceitou intromissão do Sr. Secretário de Obras no sentido de modificar a mistura, adicionando menos emulsão (asfalto), barateando assim o produto final, e possibilitando fazer-se mais pavimentação com o mesmo volume de emulsão.

O servidor foi colocado em outra função e outro foi colocado em seu lugar "atendendo" o Sr. Secretário. Assim, então, a massa aplicada nas vias públicas não teve mais a qualidade que sempre deveria ter. O segundo se refere ao acabamento da massa asfáltica quando distribuída nas vias públicas. O equipamento de distribuição lança o produto numa espessura determinada e em seguida o mesmo é compactado para que seu adensamento seja homogêneo, isto é, bem regular. Aí então é que acontece o que se vê em todo serviço de pavimentação de nossa cidade: a compactação forma listas no sentido do rolamento do compactador ( qualquer pessoa pode constatar o que estou afirmando). É só se posicionar de costas para o sol e, olhando para a pista compactada, verificar que a compactação se fez em listas – (varias faixas), sendo uma mais brilhante e lisa e outra menos brilhante e áspera - Se tiverem curiosidade de verificar isto, é só irem até a Rua Irmãos Crisósthomo, da Av. Expedicionário até o leito da ferrovia ou então na Rua dos Faveiros, na Villaje (É a primeira Rua de quem entra pela Av. S.José); na Rua Ceará e mesmo na Ramalho Franco.

As faixas opacas e ásperas, com as chuvas absorvem água que, penetrando na massa vai desagregando os matérias e, pelo transito constante, a destrói. Isto acontece pelo motivo de estar sendo empregado equipamento não adequado para compactação desse tipo de material. O equipamento empregado é um rolo metálico que, por ser constituído de dois cilindros metálicos, não consegue fazer uma compactação uniforme de uma massa que não é vibrada convenientemente, apresentando então uma superfície irregular. Essa compactação deveria estar sendo feito com rolo de pneus. Não quero acreditar que, por economia, com o objetivo de fazer mais metros quadrados de pavimentação com menos custos, isto esteja acontecendo: RECAPEAMENTO QUE MAL DURE 4 OU 5 ANOS, QUANDO O MÍNIMO, NORMALMENTE É DURAR DE 15 A 20 ANOS. E, já que o assunto é pavimentação, eu tenho umas perguntas a fazer ao Secretário de Obras de nosso município: seu departamento tem uma estatística cobre o numero de buracos que são remendados na pavimentação? quantas vezes durante o ano os "mesmos" buracos são tampados? são sempre os mesmos buracos ou aparecem novos? se a técnica aplicada na execução de "tampa buraco" é tecnicamente certa?

Quero ressalvar, a bem da verdade, que tem trechos de pavimentos que estão por demais desgastados e dificilmente aceitam remendos pela sua pouca espessura, o que torna inócua qualquer tentativa de pequenos reparos (tampa buraco). São trechos que precisam ser recapeados. Então, deveria ser estudado fazer mais recapeamento para salvar o existente e menos afoiteza em pavimentar a todo vapor toda a cidade, talvez com intuitos de ganhos políticos eleitoreiros.

(*) Edison J. Geraissate, por e-mail