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CARTA DO LEITOR

16/09/2010

Jaqueline, o exemplo de determinação e dignidade!

Não tenho hábito de assistir programas como o do Gugu. Neste domingo, como Penápolis estava em destaque, resolvi assistir e vi a revolução social e econômica que o famoso apresentador fez na vida da jovem Jaqueline Monteiro Zanini, que demonstrou ser muito inteligente, de fala fácil e o exemplo do que Deus e Jesus Cristo pode fazer na vida de uma jovem cheia de vida e muita disposição para a luta . Depois de um acidente grave Jaqueline ficou paraplégica e mesmo assim não parou de lutar. Hoje, além de atleta colecionando diversas medalhas, é graduada em Administração de Empresas. A minha esposa, Jane, por motivo de saúde da sua irmã que mora a 100 metros do local, estava presente e assistiu ao vivo a doação da maravilhosa casa à Jaqueline. Fiquei surpreso ao saber que a Jaqueline, mesmo sendo elogiada pelo professor como uma das boas alunas da FUNEPE, sonhava conseguir um emprego. Se não fosse o Gugu, com certeza, a Jaqueline continuaria desempregada e com grandes dificuldades para sobrevivência, numa sociedade aonde as autoridades não se preocupam com os considerados “anormais” no padrão que estabelecem. Para conhecimento dos leitores, informo que a lei que estabelece cotas obrigatórias para deficientes físicos no mercado de trabalho completou 19 anos, e até hoje a mesma não é cumprida. A lei número 8213, de 24 de julho de 1991, no artigo 93 estabelece que: “...a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção: até 200 funcionários = 2%; de 201 a 500 funcionários = 3%; de 501 a 1000 funcionários = 4% e acima de 1001 funcionários = 5%.” Ai entra o meu perfil questionador e crítico, que alguns políticos e leitores na cidade não gostam: Será que o serviço de Promoção Social da Prefeitura e o Ministério Público conhecem esta lei? Será que as (os) outras (os) “Jaquelines” portadores de deficiência também estão sem o amparo legal? Será que os órgãos públicos fazem trabalhos permanentes de assistência aos portadores de necessidades especiais? Certa vez eu e minha esposa fomos ao Supermercado Lusitana para fazer algumas compras. Ficamos comovidos com a política da empresa, acolhendo “deficientes” para trabalho e pagando uma remuneração razoável. Achei lindo e cada vez que estamos por ai só fazemos compra neste Supermercado. Em Araraquara, graças à organização e pressão de uma ONG criada para apoio e defesa dos direitos dos deficientes, tem se conquistado empregos para todos, além de cursos profissionalizantes. Quem não luta pelos seus direitos, certamente não cumpre seus deveres, diz o adágio. Eles são consumidores, pagam tributos diretos e indiretos, são cidadãos e, portanto, devem ser respeitados nos seus direitos básicos. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenha em abundância”, disse Jesus Cristo. Além de emprego a ONG araraquarense conquistou, com muita luta, muitos benefícios voltados para o direito de ir e vir e terem qualidade de vida. Junto à CTA-Companhia de Transportes de Araraquara, conquistaram micro-ônibus especializados, confortáveis e totalmente adaptados para todos os deficientes físicos. Os motoristas e um profissional especializado pegam e deixam os usuários nas suas residências. Em Penápolis meu sogro, Odílio Moreira da Silva, que durante muitos anos foi pistonista da Banda Municipal, hoje é um “deficiente” físico. Percebemos o quanto é excluído do meio social. Peço ao vereador Caíque, menino educado e bom político, que se preocupe com isso. Minha esposa, e diversos moradores presentes no dia da entrega da linda casa à maravilhosa Jaqueline, avaliaram como oportunista o ato do Partido Verde que aproveitou as presenças de milhares de pessoas para levar para o local um ônibus com diversos cabos eleitorais contratados para distribuir materiais de campanha. Disse uma senhora: “Até hoje nenhum político veio ajudar a moça, e agora vem fazer propaganda?”. Segundo a minha esposa a mesma foi aplaudida pelos que estavam a seu lado. Fica aqui a minha sugestão à querida Jaqueline para em 2.012 se candidatar a vereadora, sem se deixar ser usada pelos políticos oportunistas e eleitoreiros. A candidatura tem que ser, a meu ver, com propostas e um plano de luta voltado totalmente para defesa do direitos dos excluídos pela sociedade, considerados “anormais” pelos os ignorantes e analfabetos políticos, só porque não atendem os padrões de utilidade que a sociedade capitalista de consumo estabelece. Conte comigo para estar ai na época, e pelos quatro cantos da cidade dizer porque os eleitores penapolenses devem eleger a Jaqueline para vereadora e, quem sabe, futura prefeita da cidade. Que Deus e Jesus Cristo abençoe a Jaqueline e todos os portadores de necessidades especiais!

(*) Walter Miranda, diretor de Políticas Sociais do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - Delegacia de Araraquara

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