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CARTA DO LEITOR

12/06/2010

Ainda refletindo sobre a Guarda Municipal

Como opinei na coluna “Carta do Leitor”, considero positiva a criação da Guarda Municipal, porém sem arma de fogo. A sociedade, o mundo, inclusive a Polícia, precisa se desarmar.  Considero injusto cada família penapolense, sem diferenciar o poder aquisitivo, ter que pagar compulsoriamente R$ 6,00 por residência. A carga tributária no Brasil (34,7% do PIB) é muito alta. Alguns países do continente europeu têm a carga maior, quando comparada com o PIB (França 43,6%), mas o retorno em forma de serviço público nem se compara com o Brasil. La o cidadão escolhe o médico ou o hospital da sua confiança, paga, e depois é reembolsado pelo Estado. O mesmo acontece com a educação e outros serviços públicos. Aqui pagamos os tributos e somos mal atendidos, tendo que recorrer aos serviços privados. Os governos estadual e federal vêm batendo recordes de arrecadação. Quem paga são os consumidores que residem nos municípios.
O presidente do Banco Central acaba de anunciar, em clima eleitoral, que as reservas internacionais do Brasil totalizaram US$ 250 bilhões, aproximadamente R$ 462 bilhões ao câmbio de R$ 1,85/US$1,00 sendo que 90% estão aplicados no Tesouro Nacional dos EUA. Penso que é injusto tanto dinheiro aplicado no exterior, quando faltam recursos para serviços públicos essenciais no nosso País, inclusive na nossa querida Penápolis, dentre eles saúde, educação e segurança. Se a população, democraticamente consultada como propôs o João Luis, optar pela proposta de cada residência pagar R$ 6,00 por mês, mesmo assim considero injusto porque não diferencia entre o patrimônio da mansão Colnaghi e a casa do meu tio Euclides Miranda no Jardim Tókio. É correto a Casa Bahia pagar o mesmo que a Banca da Marisa? A enquete do Diário de Penápolis é boa, mas consulta somente os leitores, o que é pouco. O ideal é debater publicamente, com posições a favor e contra, e depois disponibilizar urnas em toda em toda cidade para a população, democraticamente, votar a favor ou contra a criação da Guarda Municipal armada e mantida com novas contribuições. Nas grandes cidades, as classes média-altas e ricas, pensando ter mais segurança, estão cada vez mais se isolando em condomínios residenciais de luxo, com toda estrutura, inclusive segurança privada. Para isso, pagam taxas condominiais, quase sempre altas. Penso que não é inteligente a segregação de classes sociais, de qualquer forma, inclusive por meio de muralhas de concreto e aço. As pessoas não ficam permanentemente isoladas do restante da população, que aparentemente as ameaça, razão pela qual considero equivocada a sensação de que estão mais seguras. Na minha infância e adolescência lembro-me que uma das mansões mais ricas da cidade era a dos Waldemarins. Não me lembro de seguranças armadas a protegendo, como hoje acontece com a dos filhos do saudoso Chico Colnaghi. Portanto, penso que é preciso questionar. Por que houve o aumento da violência em Penápolis? Dá para refletir mais inteligentemente, sem ficar no chavão de que os tempos mudaram? Por que nossas crianças e adolescentes, inclusive nas Escolas, estão se envolvendo mais e mais com o tráfico e consumo de drogas? Será que os cristãos na nossa cidade estão, realmente, preocupados e praticando a justiça social voltada para os pobres, como Jesus Cristo nos ensinou? Será que as drogas só afetam as classes mais desfavorecidas? É preocupante constatar policiais militares e civis prestarem serviços privados, e até mesmo se envolverem com a criminalidade nas chamadas milícias parapoliciais. Desta forma, penso que a Guarda Municipal armada não é a solução para a redução do índice de violência e criminalidade em Penápolis, ou qualquer outro local do Brasil. Não é a arma quem impõe respeito. É preciso que os integrantes da Guarda sejam cidadãos respeitados pela população, educados, treinados e bem remunerados. Aqui em Araraquara o prefeito obteve, junto ao Ministério da Justiça, a fundo perdido, verba no valor de R$ 870 mi para instalação de um moderno sistema de comunicação com 32 câmeras instaladas em pontos estratégicos da cidade, operado pela Guarda Municipal de Araraquara. Por que o prefeito João Luis, sendo do PT e amigo do Lula, não consegue o mesmo? As pessoas envolvidas em criminalidade temem mais as câmeras que os policiais armados.

(*) Walter Miranda, Diretor de Políticas Sociais do Sindifisco Nacional-Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil-Delegacia de Araraquara/SP

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