09/04/2010

E por (que) falar em saudades...

... estamos ainda (!), apesar dela, por aqui! Nossos 28 anos de idade já se foram, em longa e longe disparada... Agradecemos ao público, ao jovem, Dr. Renato de Almeida Muçouçah, 28, de nos incluir, dentre Dr. Edson João Geraissate, Dr. João Carlos D’Elia; Professores Osmar de Almeida (Mazinho) e José Fulanetti de Nadai; e ainda jovem, Roberto Martins Torsiano. Não é por modéstia, porque não somos... todos nós temos um cadinho de vaidade, humildade (!), metideza, ciúmes, inveja, frustração, alegria.... e tantas outras mazelas e/ou qualidades (!). Renato, você é jovem como a maioria dos citados já foram um dia, .... e o idealismo, os sonhos, as esperanças, e até o certo ponto as utopias... são o que movem o mundo, muito em especial a jovialidade, dos jovens. Alguns velhos (ou idosos!) também as tem, ... até certa dose. Mas, ... meu caro e jovem Renato, para tudo existe um mas, ou vários. O Dr. Edson foi um prefeito (1964/1968) diferenciado para aquela época! Não vamos entrar em detalhes, mas, em 1973, não se elegeu,... O Dr. João D’Elia, prefeito (1983/1988), revolucionou a maneira de governar, em Penápolis, na saúde, na educação, na habitação,..., acima de tudo na honestidade. Dedicou-se de “corpo e alma” à comunidade, apesar de muitos não o compreenderem na ocasião. Mas, ... no ano de 2000, estando de vice, do Bonini, não foi eleito. José Fulanetti de Nadai, um intelectual e também igualmente honesto, vereador (1983/1988),... mas não conseguiu reeleger-se para o mandato seguinte, tendo ficado com uma “mísera” suplência! O mesmo aconteceu com o meu amigo Mazinho, competente, dedicado e honesto, vereador (1997/2000) e até presidente da Câmara, mas não se reelegeu ao seguinte mandato. Roberto Torsiano, o mais jovem dos citados, vereador (2001/2004), foi ser (um ótimo) administrador da Santa Casa/Penápolis, e ainda jovem, inteligente, estudioso, culto, corajoso,... mas, procurou seus interesses familiares e particulares, transferindo-se para Rio Preto. Adolpho Avoglio Hecht (eu), glicerinese, após 30 anos como “milico”, candidatou-se à vereança em 1988, mas não se elegeu, ficando como suplente. Mas, após envolver-se em um trabalho “formiguinha” (aliás, sou de Glicério) e hercúleo, durante quatro anos sistematicamente, elege-se para 1993/1996. Mas, em 1996, não consegue se reeleger... Novamente mais quatro anos de casa-em-casa, voltamos para o quadriênio 2001/2004. Mas, em 2005, desfiliamos e “penduramos as chuteiras”. Renato, 28, apesar dos mas, uma certeza (na política nuca as temos) temos e podemos falar em nome dos outros, sem os mas, no momento certo e na hora certa, fizemos o melhor pela nossa Penápolis. Trago Penápolis e Glicério, sempre em meus sonhos. Nosso mundo vive atualmente em constante e frenética mutação (Darwin), e os mais fortes substituem os mais fracos (mesmo na idade)... não existem (por minha parte), arrependimentos, nem frustrações, mas,sempre existe aquele mas ... nossas células envelhecem, com elas a vitalidade, a memória, muitas vezes o humor, ... Apesar de nos sobrar, sempre, a enorme vontade de viver e servir. Renato, nosso “caldo de cultura” é cruel! A inversão de valores é dolorida, e nem sempre os mais fortes (no sentido de dedicação ao próximo e à comunidade), são os que vencem... Mas, ... deixemos pra lá! Mais uma vez obrigado! Não somos (eu) merecedor de tanto. Ser jovem já é alguma coisa... ou muitas. Um abraço do amigo, capitão Adolpho, 71.

NA - Dr. Renato de Almeida Muçouçah é filho de Alexandre Jorge de Oliveira Muçouçah (ex-atirador no TG 35 (hoje TG 02-027), em 1973/1º semestre, neto de Jorge Muçouçah e bisneto do patriarca em Penápolis, Alexandre Muçouçah, nascido em 1896, em Osmain, na Síria. Chegou ao Brasil e Penápolis em 1919 e falecido e sepultado em Penápolis no dia 27 de maio de 1975.

(*) Adolpho Avoglio Hecht, por e-mail