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CARTA DO LEITOR

17/08/2024

DEIXA EU PASSAR COM AS SAUDADES

Hoje, sai da toca, casa, seja o que for! 
Sai com um destino, 
E, acabei parando o carro 
Em outro lugar! 

Uma rua, hoje com asfalto. 
Onde jogávamos bola, 
Jogávamos queima, 
Ou, todos se sentavam debaixo, 
Da mangueira e, bebiamos uma água, 
Enxugavamos a boca com a ponta da camisa,  
Ou da blusa, 
Chupávamos mangas, duas, três...
Bocas amareladas de fiapos das mangas. 

Éramos felizes e, tão jovens 
Acreditávamos nos sonhos 
No futuro. 
Mais água e, muitas conversas jogadas fora 
Nas tardes quentes de verão 

Olhei, longamente a rua...
Rua Cunha Cintra...
Em frente uma casa antiga, 
Onde muitas vezes, nos sentamos 
Ali, na área, comendo doces. 
Dessa doceria. Doceira Delícia. 
Na sala da casa, quadros pintados, 
Com arte, nem imaginávamos 
Que o doce pintor e, amigo moleque Edemur 
Um dia seria célebre em Paris! 

Por enquanto éramos só sonhos, 
Sim, éramos sonhos. 
Sonhos sonhados 
Cheios de esperança 
Aguardando, a ditadura acabar. 
Anos 70. 
Anos difíceis! 
Mas, que atravessamos. 

Olhei a rua: 
À memória voltou ao passado 
Anos 70. Copa do Mundo. 
E, lá estavam as meninas,
E, os meninos. Alunos, todos da Funepe. 
Éramos jovens universitários. 
Que hoje sao adultos, 
E, que já estão velhos também.

De repente, lembrei-me de você: 
Que morava na casa em frente, 
Do seu cabelo caído no rosto, 
Do seu sorriso maroto, da cerveja, 
Do final de semestre, 
Do susto, da dor, 
Do adeus, que, tivemos que dar 
Naquele momento para você. 

Lembrei-me, de você. 
De você, tão lindo, que nunca envelheceu. 
Nunca envelhecerá, 
Nas nossas memórias, 
Porque, num mês frio de junho, 
Você foi jogar bola no céu. 

A dor da sua perda sempre será infinita 
Você que não pode mais sorrir 
Para nós, 
Você que levou consigo, 
O seu riso, 
Gracioso, 
Brincalhão, 
Que se tornou eterno. 
Saudades! 

Pra você Roberto, em 20/09/2023

por Alda Maria F. Alves, Penápolis/SP

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