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CARTA DO LEITOR

26/07/2022

Uma história que ficara – Campesina e o Pantanal

... Na cidade que se evoluía na memória dos missionários – entre as gerações que participavam para o reflorescimento destes acontecimentos e suas capacidades! O Maria Chica, correndo sempre ao lado da Avenida Adolpho Hecht, quando sua água era cristalina. E a cidade se levantando com seu campo, seu gado já domesticado e seu leite aproveitado! “É claro! Gado esse que os portugueses trouxeram para acompanhá-los na extração do ouro e pedras ricas dos rios, mas que soltos fugiram de predadores chegando até a uma depressão – hoje – o Pantanal”.
Eis porque essa riqueza tão conquistada – Fronteira do Paraguai – do Uruguai – da Argentina – mesclando a cultura linguística e suas próprias culturas e esse gado multiplicadíssimo aqui já mansos, ajudaram na alimentação, ocupando a relva macia de então! Mas pensaram já em uma campesina estando um missionário Seu Casela, na frente como ótimo construtor. Fora feita para guardar sempre a sobra do leite que seria resfriado! Tudo dera certo, ao lado do Maria Chica, com água para tudo e essa campesina evoluíra! Espaçosa, poderosa, útil, como fornecedora de ferragens que o campo passasse a precisá-la. Ah! Não faltando ótimos arreios com suas pinturas originais atraindo gente nova para o trabalho do campo! Aconteceu assim a logística “clandestina”, mas na frente correta, atraindo a mulherada com roupas para toda família! Campesina era um molho degustado da grande panela que já fervia. Veículos chegando, veículos partindo, mas não faltara também Seu Casela, homem zeloso por ela – Italiano da fibra dos demais, aqui chegados. Sofrera um desastre nas estradas que o governo providenciava pelo intercâmbio com São Paulo e o interior!... Nada a se lamentar além de muito sentimento. Campesina seguira seus fornecedores para uma cooperativa de produção gerenciada.
Seu Antônio Galli chegara com Dona Ana e se tornaram donos de um pedaço dessa Terra Santa, comprada, do campo. Cleto Galli, filho de Antônio Galli, vivera esse tempo. Casamos e juntos criamos nossos filhos – Claudio Davi, Flavio Antônio, Lia Arabela e Jordano Cassio. Escrevi muito na língua clássica, assim estudara, mas a língua popular é a mais reconhecida hoje e faz parte do povo que somos! Cleto Galli também fora exímio radio amador. Obtivera um pedaço dessa Terra Santa, após os índios serem daqui afugentados. Estes, matavam e morriam por essas Terras. Eram donos de Terras do país, desde o Sul do Rio Grande do Sul até as barrancas de Minas Gerais.
Em tempo: Essa riqueza fabulosa do Pantanal vem desse gado que se refugiara lá. Agora são a riqueza fabulosa dessa depressão – o Pantanal.

 

Vó Maria Cândida Virgílio Galli, Penápolis/SP, por e-mail

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