05/05/2019

O sono não vem...

A esperança parece-se desiludir...
O sufoco contido, percebe-se no espelho!
No quarto arejado, parece faltar o ar,
Os pensamentos inquietos, vão e voltam...
Silenciosos....
...Se pudessem gritar!!!
Os lábios secos, não conseguem falar,
Na mesa da sala, manuscritos e chumaços,
De papéis abandonados!
Nas lembranças passeiam momentos que energizam o corpo,
Faz frio onde o calor sufoca,
O eco do vazio incomoda onde o silêncio também fala,
O relógio testemunha, se adianta lentamente,
Cada volta parece uma eternidade,
...Até que os raios do sol invadam os devaneios,
Lá fora, flores da primavera enfeitam o jardim,
O perfume exala e o vento sopra em todas direções,
Como se fora um convite a um passeio pelo novo dia,
Seguir... sem volver a cabeça,
A noite passa e não volta mais,
A esperança ficou... não vai desistir...
A esperança renasce a cada manhã!
Quem sabe... na próxima estação apareça.

Emílio Sanches Parra (penapolense), Fortaleza/CE, por e-mail