26/02/2019

A chuva e o fevereiro

Chuva vai, chuva vem
Chuva, chuvisco, não mata ninguém
Mas o trovão vai rolando em meio às nuvens cheias e elas vão despejando longe, nessas noites quentes de verão...
É o mês de fevereiro! Encolhido na folhinha e jogado no verão nervoso com seus dois últimos dias civis sequestrados – só voltando – de quatro em quatro anos depois. É o bissexto, sem acanhamento mas sem festas merecidas e sempre em ano par. Einsten já dizia: “tempo e espaço sideral não se medem!”...
E o ninho? – o famoso El Niño! Esbravejando nas águas quentes do Pacífico, sem paz – chutando o vapor quente e brigando com a explosão gasosa inchada do sol com seu calor energético queimando e chegando até nós.
E o carnaval? Que foi fazer em março? O povo não espera. Já está pulando na sola do pé, com muita arte provinciana. Grito mudo para tirar o cansaço grudado do 2018.
E esse fevereiro de éfe fenício sem origem nenhuma do latim? Soberbo de poucos apartes: éfe de Francisco, de fubá, da furada do fulano – por conta nossa – e que se tornou ciumento do éfe das flores formosas, dos frutos e seus sabores, da felicidade e da formosura que lhes são caras numa perspicariedade da termologia correta e fogosa.

Maria Cândida Virgílio Galli – a Vó Maria, Penápolis/SP, por e-mail