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CARTA DO LEITOR
15/09/2017
O GRITO
A tela pintada por Pedro Américo, retratando em sua visão artística, a Independência do Brasil do jugo da Coroa de Portugal, mostra um panorama de um imenso esplendor, às margens do Riacho do Ipiranga na capitania de São Paulo, perpetuando o dia 07/09/1822, sobre o histórico e grande feito de Dom Pedro I, desembainhando a sua espada reluzente e com extrema ira e energia gritasse aos quatro ventos, após, receber uma carta da corte no Rio de Janeiro “INDEPENDÊNCIA OU MORTE”, libertando o Brasil dos grilhões que prendiam à corte portuguesa.
Aparentemente, o momento nos parece de que a Independência do Brasil já estava decretada, mas, é de bom entendimento de que, os tramites legais para a efetivação desta conquista duraria algum tempo, uma vez que Portugal não ia entregar de “mão beijada” um patrimônio rico em ouro e pedras preciosas. Entre a decisão de Dom Pedro e a aceitação da corte de Portugal levaria longos dias para se efetivar, mesmo por que Dom Pedro que voltava de Santos, onde encontrara com Dona Domitília de Castro Canto e Mello, uma de suas amásias, ela separada do esposo aceitou a corte do príncipe herdeiro e este tido como mulherengo, era casado em primeiras nupcias com a princesa austríaca Dona Maria Leopoldina com quem teve 7 filhos e em segunda nupcias com a duquesa austríaca Amélia Bauharmais com quem também teve vários filhos, não exitou aos encantos e a oportunidade de ter um caso amoroso e com ela teve alguns filhos, e para não desampara-la deu-lhe a comenda de Marquesa de Santos e também à irmã de Domitilia como Baronesa de Sorocaba com quem também teve um romance secreto. Vejam bem, a história conta que além destas amantes ele teve outras 16 mulheres da aristocracia palaciana, com quem deve ter tido filhos, uma vez que os métodos anticoncepcionais nesta época eram ineficientes, se é que existiam, transformando-o em um grande reprodutor. Percebam então, porque Dom Pedro exitava tanto em descumprir ordens da coroa portuguesa em deixar o Brasil e voltar para Portugal, além das amizades aqui adquiridas, a indolência de vida em que vivia, ainda o pasto era farto e nutritivo das mil e uma noites, foram contundentes motivos para a sua rebeldia , culminando no famoso DIA DO FICO.
Assim após as diversas correspondências e a irreverência do príncipe em não voltar à sua terra natal e declarar o Brasil liberto, criou-se a monarquia brasileira tendo como o primeiro imperador Dom Pedro I, uma vez cremos que a corte de Portugal aceitou esta separação, talvez até escutando os conselhos de Dona Maria I, mãe de Don João VI, que era conhecida por Dona Maria Louca, por ter problemas de ordem psíquica, que deve ter dito a D. JOÃO VI: “Deixa lá, aquele teu filho desobediente, ficar com aquelas terras dos quintos dos infernos, cheias de mosquitos transmissores de doenças, praga de piolhos, ratos, índios, feras bravias e um povinho amaldiçoado composto dos ladrões e malfeitores que despachamos todos de nossas prisões aqui de Portugal”.
Ora vejam bem, segundo o Dr. Laerte Araújo do Valle, meu irmão mais novo, e de criações hilárias em seus apontamentos no face-book, que este grito do Ipiranga, foi deveras de uma insensatez a toda a prova, para não dizer no chulo popular: uma tremenda defecada, o Brasil foi libertado de Portugal, e nos impediu de termos a preços módicos, o bacalhau, o azeite extra virgem, as azeitonas pretas o vinho verde e o do porto, pagar impostos menos onerosos, além disso de participarmos da Comunidade Européia e ainda temos que suportar os restolhos de descendentes dos bandidos, ladrões do Reino de Portugal e que HOJE MILITAM O CONGRESSO NACIONAL E GOVERNAM OS DESTINOS DESTE IMENSO PAÍS.
Este GRITO deveria ser o da INDEPENDÊNCIA DOS MILHARES DE DESEMPREGADOS, DOS ASSALARIADOS COM DESCONTOS EXORBITANTES DE IMPOSTO SEM RENDAS EM SEUS HOLERITES, DOS APOSENTADOS QUE A CADA ANO VÊEM DIMINUÍDOS OS SUAS JÁ DEFASADAS APOSENTADORIAS, DOS PROFESSORES QUE RECLAMAM DOS BAIXOS SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE APLICAREM OS SEUS CONHECIMENTOS, DOS DOENTES QUE RECLAMAM DE MELHORES ATENDIMENTOS NOS HOSPITAIS, DAS FAMÍLIAS QUE VÊEM SEUS FILHOS MERGULHADOS NAS DROGAS E ETC.
Então DOM PEDRO I, não deveria o Pedro Américo pintar as reais mazelas do Brasil, se futurista fosse? Com suas favelas fincada na República do Tráfico, sua infância desnutridas sua população reclamando de melhores condições de vida, seus políticos, que assaltam os cofres públicos, mergulhando como um “TIO PATINHAS” em malas, bolsos, cuecas, apartamentos e ETC cheios de dinheiro, ganhos ilicitamente com sacrifício, suor e sangue dos seus compatriotas? Ora, ora, pois, pois, e tenho que dizer tudo isto aos habitantes deste imenso bananal, que anda... para... observa e segue para as um futuro de extrema incerteza. E viva o Brasil livre de Portugal e preso em sua falida constituição federal que pune a plebe e anistiam os poderosos senhores dos engenhos de Brasília.
José Maria do Valle, Penápolis/SP, por e-mail
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