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CARTA DO LEITOR

17/06/2017

ABSURDOS DA VIDA: PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO PÚBLICO

Durante quinze dias, sempre após as 22:00 horas, e até as 3:00 horas da madrugada, está sendo executada uma obra de reforma na Farmácia Droga Raia, na esquina da Dr. Ramalho Franco com a Expedicionário Diogo Garcia Martins, aqui em Penápolis.
Barulho constante do som de serra cortando estrutura metálica tem causado enorme desconforto à toda vizinhança.
Fiz, por telefone, as 2:45 horas da madrugada de sexta-feira passada, reclamação diretamente a, quem se disse, gerente daquele estabelecimento.
Recebi, como resposta, que a empresa contratada para realizar a obra trabalhava à noite para não perturbar os clientes durante o período diurno, cujo  movimento naquele local é intenso.
Resolviam, dessa forma, incomodar as pessoas no horário noturno.
Agora, neste instante, terminei de fazer, depois de tantas noites de barulho perturbador, reclamação à Polícia Militar através do telefone 190, pedindo que tomassem providência sobre o fato.
O atendente informou-me, vejam o absurdo, que a polícia nada poderia fazer além de um boletim de ocorrência, o qual deveria ser, nesta hora, 1:12 horas da madrugada, em minha residência, com a presença de uma viatura e policiais de plantão.
E, que, depois de feito o boletim de ocorrência, tomasse as providências judiciais cabíveis contra a empresa Droga Raia.
Imaginem, então, o absurdo.
Resido no 16º andar do prédio localizado na Praça Dr. Carlos Sampaio Filho. 
Teria que atender, na rua defronte ao prédio, os policiais com sua viatura colorida e ameaçadoramente iluminada por uma luz vermelha piscando sobre o teto; um som intimidador de rádio de comunicação entre a viatura e a sede da PM cortando o silêncio da madrugada; policiais fardados na calçada frente ao prédio.
Eu, ainda de pijamas, constrangidamente prestando aos policiais as “informações necessárias”: CIC, RG, endereço de residência, nome completo, objeto da reclamação, há quantos dias estavam perturbando o sossego naquela hora da madrugada, etc, etc.
Bem, dá para perceber a inversão de valores.
Àquela hora, passando por todo esse desconforto, e até mesmo pelo constrangimento de estar sendo inquirido pela polícia na frente do prédio, à vista dos moradores despertados pela presença da viatura iluminada, sentir-me-ia um criminoso.
Um criminoso reclamando seu direito de poder dormir sossegado, enquanto, ali, bem próximo, dobrando a esquina, o som da serra cortando metal continuaria soando estridente, protegido pela polícia que deveria fazê-lo parar.
Pensar que com esse “procedimento”, teria de contratar um advogado; ingressar com uma ação judicial contra a empresa Droga Raia; aguardar a tramitação do processo; a sentença judicial; a notificação à empresa perturbadora do sossego público; o ingresso de recurso judicial que ela certamente utilizaria para justificar a necessidade de concluir a obra; o julgamento desse recurso, etc, etc... fez-me, assim, desistir da reclamação.
Até porque, segundo o gerente da Droga Raia, a obra só irá demorar mais quinze dias (ou quinze noites mal dormidas).
É pouco, num país em que a Justiça é cega por natureza.
Que vergonha.

Areonth de Assumpção Rosa, Penápolis/SP, por e-mail

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