06/05/2017

DISCREPÂNCIAS
O ministro Gilmar Mendes, aquele mesmo que ficou protelando para definir a volta de Célio de Oliveira (prefeito eleito pelo voto popular) deu-nos a grande oportunidade traduzida na coluna "Carta do Leitor" deste conceituado matutino Diário de Penápolis de 30/04 p.p., assinada pelo meu especial amigo Virgílio Melhado Passoni que nos agraciou com um comparativo entre as classes sociais deste nosso país que era  Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz e por fim Brasil  dos encantos tropicais e das injustiças permanentes nacionais, então vejamos, anuiu favoravelmente a Eike Batista, que apareceu aos olhos do mundo como um poderoso magnata, que tudo comprava, esbanjando  e jogando dinheiro ao vento ganho com facilidades, pelos esgotos perfumados da alta sociedade, lembram-se da coleira de diamantes de quilates valiosos posto no pescoço de sua então esposa com o seu nome, tratando-a como um animal de alto pedigree? A desfilar com roupas cintilantes nas ruas do Rio de Janeiro no sambódromo em pleno carnaval? E que de repente indiciado por corrupção foi levado à prisão e   agora solto para responder em regime de liberdade, enquanto o "asqueroso ladrão de ovos" de Jandaia do Sul/PR padece em uma cela fria neste outono friorento, talvez mais fria que as suas lágrimas de arrependimento por ter apossado de uma dúzia de ovos para o seu sustento e de sua família. Eita Brasil onde uma dúzia de ovos tem um valor punitivo maior do que uma coleira de diamantes.

José Maria do Valle, Penápolis/SP, por e-mail