12/03/2017

Homenagem ao Lavrador

Quando o clarão do sol desponta no horizonte
O homem da roça segue pro roçado
Em seus ombros carrega enxada e a moringa 
E seu cachorrinho caminha ao seu lado
 
Quando o sol esquenta ele já está cansado
E se senta em uma sombra para descansar
Toma um cafezinho e acende um cigarro 
Pois sua refeição não demora a chegar

Após o almoço ele tira um cochilo 
De apenas meia hora só pra relaxar
E sua camisa de suar molhada
Coloca na ramagem pra poder secar
 
O homem do campo que muitos o chamam
De verdadeiro esteio de nossa nação
Embora trabalha sobre o sol e a chuva
Muitas vezes em seu bolso não tem um tostão
 
Num passado distante eu já fui lavrador
E tudo que escrevo é baseado no passado
Além de enxada rodo e rastelo
Por muitos anos peguei no cabo do arado
 
Através da escrita rabisco meus versos
Do fundo da alma brota a inspiração
Sinto-me orgulhoso de ser filho da roça
Essa é minha homenagem a todos irmãos.

Virgílio Melhado Passoni, Jandaia do Sul/PR, por e-mail