09/06/2016

Mendigos pela ganância...
...por não esperar mais quando sindicatos políticos, sociais, empresariais – os sindicatos dos ladrões – se juntam no comando das elites governamentais pelo poder; é o pulo do gato líder – de bons miados, anda convenientemente pelos telhados. Já velho-da-constituição, fareja os lances congressuais numa astucia primaz do seu mando e dos deus comparsas entre os buracos ávidos. Seu miado longo, improvisado, pelo marco do seu território, ecoa nas esferas partidárias dos adversários; descoberto – começa a pancadaria! Mas “Moro” o desconhecido com as chaves do STF, pela direita ou pela esquerda percorre esses rastros secretamente enquanto o povo num grito uníssono acompanha pelo refrão – do pega ladrão: “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”! De repente já é junho – em meio do outono que arrasta o resto das chuvas de verão, escoltando o frio precoce do inverno. Mês junino que não pode faltar o amendoim torradinho, o pé de moleque junto a pipoca quentinha, a rosca doce e o bolo de fubá com cafezinho “passado” na hora, a espera do sol nascente, mesmo preguiçoso pelo frio sorrateiro lá fora – no quintal – pela prosa no braseiro aceso improvisado: pisar com o pé sem queimar – é claro – depois do bom “Quentão”. E o sanfoneiro com seus cochilos, por certo, já dorme abraçado a sua sanfona e deita sobre o banco frio. “O padroeiro da casa – o dono precavido” vai abençoando a todos que saem – e agradecendo por noite tão querida!... Esse é o Brasil que o povo preserva e cuida junto a sua pujança gratuita dos rios, dos cerrados, das matas em geral e dos campos! Fora! Os mendigos do seu trabalho na ganância dos bens conquistados; indignos do chão que pisam e do pão roubado...

Maria Cândida Virgílio Galli, Penápolis/SP, por e-mail