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CARTA DO LEITOR

13/12/2015

Thiago de Mello...
...poeta amazonense que irrompeu na paisagem da poesia brasileira como um vento rude, sacudindo as velhas árvores da literatura acadêmica, despertando representantes e críticos do “modernismo” inspirando novos valores pátrios aos jovens. Foi então que resoou de repente sua voz na poesia como o primeiro e grande poeta que o Brasil deu – da Amazônia – para o mundo: poesia nova de uma terra nova, do escuro das selvas tropicais alagadas e ricas – que despertou a visão do mundo pelas suas cores, suas coisas, sua alma cabocla e seu regionalismo autêntico. Thiago – o homem individualista – de grande personalidade – falou de si, de suas emoções, de seu ardor representativo, do sentimento regionalista. Seus poemas: Faz escuro, mas eu canto; Silêncio e palavra; Narciso cego; A lenda da rosa; - outros mais... e muitos livros contestadores.
Fôra a Bolívia e ao Chile para invocar aos países “hermanos”, o amor e a cultura desse “pedaço” nacional. Engrandeceu-se como homem livre, pois, que já se processavam, há muito, as explorações do ambiente florestal, tão rico, num consumismo desvairado e teve num “suporte metafórico” de Lúcio Costa, personagem da arquitetura construtiva – da nova capital nacional – no coração do país, e mais figuras de retórica escritas pela denúncia criminosa da flora, sem falar-se do momento tão oportuno do “protocolo de Kyoto” que não procedeu “internacional” por arrogância dos países: donos do mundo!... mas Thiago no seu clamor – ainda que poético – rompe no chamado de “mudanças pelos direitos” institucionais e suas liberdades... Dizia – a terra sabe ser mãe para todos; e aprendeu coisas poderosas que vem de dentro do homem; aprendeu não ter medo de “inquirir”; de cantar; ter o gosto pela vida e ser o canto da esperança no canto improvisado de Cristobal Pakarati – da ilha de Páscoa – pela “solidão polinésica” do pacífico – escorrendo no silêncio das “estátuas” que contemplam com olhos “vulcânicos” – nuvens solitárias – altas... E conclama mais: “aprendi as cores de todos os verdes, aprendi a sabedoria imensa brilhando distante no rosto de Ana Maria” – sua companheira -  de delicadeza secreta; aprendi que sem a poesia a humanidade não mudará por despertar o invisível, o impossível desejado...
Garcia Marques foi seu repasse na sustentação de seu ideal como Pablo Neruda foi seu grande amigo que o “ovacionou” na despedida como adido cultural do Brasil no Chile.

Poema seu a Paulo Freire:

Peço licença para desfraldar
Este canto de amor
Que só sei dizer quando reparto
O ramo azul das estrelas
Que em meu quarto floresce
Desde menino...
Soletrar no alfabeto do sol
A palavra tijolo
Dentro dela vivem
Paredes, aconchegos e janelas
Que de repente –
Estalam como flor – no chão da casa...

Amazonas continua sob o jugo da exploração desmedida e mais um caso de corrupção do patrimônio nacional e econômico.

Maria Cândida Virgílio Galli - Penápolis/SP, por e-mail

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