01/11/2015

HISTÓRIAS DA VIDA 
Quando nos da terceira idade comentamos algo referente ao passado é muito comum ouvirmos muitos  jovens  nos taxarem de saudosistas, quando na realidade naquele tempo mesmo com as dificuldades empostas pelo próprio tempo a impressão que se obtinha era que a vida fluia bem  melhor que nos dias atuais. Naquele tempo era muito comum vermos pessoas que muitas das vezes lhes faltava até o básico para sua sobrevivência e  conseguiam viver honestamente sem subtrair nada do próximo. Até á década de 1.980 era raro vermos pessoas formadas em universidades que possuíam pós graduação, coisa muito comum nos dias atuais. Naquele tempo era muito comum nos depararmos com pessoas analfabetas  que dentro de suas limitações fazia de tudo para que compreendêssemos seu linguajar e nos tratavam com muito amor e respeito. Naquele tempo era muito comum ver aqueles Homens da Roça irem até o "botequinho" do José Paulo do Valle,que na época era em Penápolis, (saída para o Bairro do Araponga) para fazerem suas compras e mesmo que as compras tivessem que serem transportadas nos próprios ombros até a rodoviária local onde iriam embarcar numa velha jardineira onde só era possível acomodar aquelas compras no bagageiro que ficava em cima do ônibus sujeitas a poeira ou chuva, mesmo assim era muito comum observarmos no semblante daquela gente humilde um  sorriso que lhes era peculiar.Hoje talvez imbuídos pelo embalo da tecnologia, a impressão que temos é que os seres humanos também  se conectaram na mesma "voltagem" onde é muito comum  vermos pessoas abastadas que possuem belíssimos carros diante da pressa que o tempo lhes impõe  quando vão as compras nas grandes redes de supermercados á  pressa é tanta que acabam por estacionar seus veículos nas vagas reservadas para idosos e deficientes. Mesmo com há certeza que muitos irão me chamar de "saudosista" eu preferiria mil vezes voltar a  viver o ontem outra vez. 

Virgílio Melhado Passoni, Jandáia do Sul /PR, por e-mail