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CARTA DO LEITOR

27/09/2015

A cor vermelha
O assunto pertinente ao epigrafe em seu Blog e editado nas páginas do DIÁRIO de domingo 13/09/2015, trouxe-me lembranças pelas etapas dos meus dias em minha vida. As cores primárias, o amarelo, azul e vermelho deveriam ser olhadas com muito carinho pois das junções delas fazem um multi colorido que nos dá prazeres em observar, vejamos o arco-íris, 7 cores? Que nada as junções das três primeiras mais a cor branca traduzem outras que fazem deste fenômeno natural um belo espetáculo no firmamento. O arrebol com o nascimento e desaparecimento do sol, mostram uma beleza ímpar aos olhos de pintores, poetas, músicos e etc. Então se o amarelo é uma cor alegre e clara, representa o otimismo e é relacionada ao sol, a cor azul representa a concentração da fé e da firmeza proposital e melhora a concentração e aguça a mente, e a vermelha é uma cor quente e representa a vitalidade, a energia e a coragem, por isso a essência da vida que corre nas veias, o sangue de todo animal vivo neste planeta é de cor avermelhada, talvez seja por isso que se adotou-a à luta, à contrariedade de ideias e até mesmo aos pecados da carne (a casa da luz vermelha, a dama de vermelho e etc) e o branco a pacifica que com a combinação aparecem outras mais suaves de se ver. Mas como disse este teu assunto avivou-me duas peculiares situações em que fui envolvido a saber: no ano de 1978 fui envolvido em uma promoção, para gerenciar a agência do Banco Itaú de Santa Cruz do Rio Pardo-SP. No afã de aparecer aos olhos da administração dediquei-me ao máximo visando um crescimento profissional, e passei a ser olhado também pela sociedade santa cruzense como um elemento interessante politicamente falando, pois, naquela ocasião apenas dois partidos políticos disputavam o poder, a ARENA, que era representada pela cor azul e tinha em suas fileiras a elite daquela cidade e o MDB, representado pela  cor vermelha e seus filiados eram a classe proletária. Acabei por comprar naquela cidade um veículo chamado Brasília, zerinho em folha, e de repente do nada recebi como presente  um jogo de capas para banco na cor vermelha, felizmente a intuição falou mais alto não coloquei este jogo de capa, pois, poderia perder clientes do partido azul, e somente fui usá-la quando o Banco transferiu-me para uma outra cidade, menos acirrada politicamente. O outro particular, aconteceu quando eu nos meus 12 para 13 anos, anos 50, passar uns dias de férias na casa de meus tios na cidade de Luiziânia, a cidade nestes início de década ainda carecia de melhoramentos, como asfalto, água encanada e a luz elétrica era feita por um gerador que desligava às 22:00 horas. Cidade que também fora razão de muitos migrantes nordestinos que se concentraram na região devido as lavouras de amendoim e algodão, e obviamente, nordestino que se preza, cultua muito o folclore, então para angariar recursos financeiros para as obras sociais e dar vazão às festividades tradicionais  fizeram um concurso de venda de votos onde duas senhoritas disputavam com quem mais vendia estes votos a ala azul e a ala vermelha. No final da apuração a de vermelho ganhou   a eleição e os produtores do evento gritavam alto e forte "VIVA A RAINHA DO PARTIDO VERMELHO", motivo que eu no afloramento da minha puberdade cheio de testosterona vazando pelos ralos e em latente evolução, juntamente com os outros meninos da  mesma idade, ríamos ao imaginar pornograficamente as qualidades partidárias da ganhadora do "PARTIDO VERMELHO", "PARTIDO" que sem objeção alguma eu aderiria prontamente em efetiva disposição participativa. E viva as cores pela suas existências, pois, sem elas o mundo não seria colorido.

José Maria do Valle, Penápolis/SP, por e-mail

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