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CARTA DO LEITOR

06/09/2015

HISTÓRIAS DA VIDA 
Entre a saudade infinita que carrego pela vida, trago canalizada em minha mente os dias felizes que vivi no meu Bairro Araponga, aonde tomar banho de cachoeira e pescar de anzol era o que mais eu gostava de fazer na vida. Velhos tempos que de uma forma direta ajudou-me na  minha longa  caminhada pela  estrada da vida. Bairro Araponga dos anos de 1950, época que era comum colher mantimentos e deixá-los guardados nos ranchos da roça, mesmo que esses ranchos fossem quilômetros  distante jamais alguém iria roubar aquilo que era fruto do suor alheio. Naquela época jamais se ouvia falar de roubo de gado, mesmo que as pastagens fossem distantes e mesmo que não houvesse ninguém para tomar conta, jamais alguém ouviu dizer que sumira uma cabeça de gado. Naquele tempo se um vizinho ou não vizinho te solicitasse uma saca  de sementes de arroz, feijão ou milho para ele plantar seu roçado poderíamos  ter  absoluta certeza  que assim que ele colhesse sua lavoura, no mínimo ele  devolveria  em dobro a quantia que tomou emprestado. Naquele tempo havia um sincronismo entre as pessoas, mesmo que os vizinhos tivessem suas origens de países diferentes, independentemente de raça, credo ou cor, o único objetivo era fazer com que o amor ao próximo era o principal objetivo entre as pessoas. Naquele tempo onde grande parte das pessoas não possuía escolaridade, tratar bem o próximo era sua marca registrada. Hoje com minha idade bem alongada muitas vezes paro para pensar e confesso que não consigo entender de fato o que muitos planejam fazer com nosso mundo. Hoje que vivemos na era da tecnologia, era dos psicólogos e psicanalistas calçar um tênis mais sofisticado e dar uma volta montado em uma bicicleta moderna já se transformou em risco de vida. Na minha opinião com toda evolução o que realmente está faltando a muita gente e o temor há Deus. Se todas as pessoas se lembrassem que quando Deus o enviou a este mundo foi para que cumprissem sua  missão com certeza estaríamos vivendo em um mundo melhor, até por que semear é livre porém a colheita é obrigatória. 

Virgílio Melhado Passoni, Jandáia do Sul /PR, por e-mail

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